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29/Aug/2023

Armadores buscam descarbonização da navegação

A demanda global por descarbonização tem se refletido em inovações no setor de navegação. As iniciativas vão além da atualização tecnológica de motores e de novos combustíveis. Incluem estratégias alternativas, como auxílio de inteligência artificial, gestão de cargas e terminais mais modernos e eficientes. O Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave), que reúne 19 armadores de atuação global, destaca que observa um esforço conjunto que aponta para o compromisso dos armadores com o meio ambiente. Para o Centronave, as iniciativas deverão ajudar a atender à meta estipulada pela Organização Marítima Internacional (IMO) de reduzir emissões de CO² em 30% até 2030. Já existem navios saindo dos estaleiros movidos a metanol, hidrogênio, amônia e gás (GLP). Um dos associados, por exemplo, está construindo 12 navios (o primeiro a ser entregue em 2025) exclusivamente movido a metanol.

Os maiores armadores do mundo, como a One, Hapag-Lloyd, MSC e Maersk, investem em soluções como a modernização da frota atual, o uso de sistemas de navegação inteligente, armazéns de logística de baixa emissão, calculadoras de carbono, utilização de "robô aspirador subaquático", novos propulsores mais econômicos, e a novas tecnologias em combustíveis alternativos e menos poluentes. Entre as inovações observadas, a MSC passou a utilizar "robô aspirador subaquático" para limpar os cascos com frequência, o que ajuda a diminuir em até 20% as emissões de CO² de seus navios porta-contêineres. Ao manter os cascos dos navios limpos, os motores operam em uma menor carga e economizam combustível. E com a entrada em operação de novas embarcações, desde 2019, como o M/V MSC Gülsün, a empresa vem também estabelecendo novas referências para o transporte sustentável de contêineres, com uma das mais baixas pegadas de emissão de carbono para mover uma tonelada de carga por milha náutica.

A One tem testado com sucesso o "Biocombustível Sustentável para Descarbonização". Os testes vêm sendo realizados em colaboração com a Mitsui O.S.K. Lines, e com a empresa pioneira e líder mundial em biocombustíveis sustentáveis, a GoodFuels. Os biocombustíveis sustentáveis não emitem óxido de enxofre e proporcionam uma redução de 80% a 90% das emissões de CO2 em relação aos combustíveis fósseis. Além disso, não requerem modificações nos motores ou infraestrutura dos navios atuais. Em relação aos combustíveis verdes, em outro exemplo, a Maersk está criando uma estrutura bem avançada para a utilização de metanol verde como combustível naval, e em termos globais. Para aumentar a capacidade de produção mundial de metanol verde, a Maersk recentemente firmou parcerias estratégicas com seis empresas líderes, com a intenção de fornecer pelo menos 730.000 toneladas/ano até o final de 2025.

Com isso, alcançará a necessidade de metanol para o abastecimento dos primeiros 12 navios de contêineres verdes já encomendados. A empresa também anunciou a construção na Dinamarca do seu primeiro "armazém de logística verde" com baixa emissão de gases de efeito estufa. A Hapag-Lloyd também lançou o produto Ship Green, uma nova solução para transportes baseada em biocombustíveis para reduzir emissões de CO². Com a solução, os clientes podem escolher entre três opções diferentes, que representam diferentes níveis de prevenção das emissões de dióxido de carbono equivalente: 100%, 50% ou 25%. Ao oferecer o Ship Green, a Hapag-Lloyd continua no caminho para alcançar operações de frota neutras para o clima até 2045. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.