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24/Aug/2023

6ª edição da Shell Eco-Marathon usará hidrogênio

A Shell realiza no fim de agosto a sexta edição da Shell Eco-marathon Brasil, competição universitária que tem por objetivo desenvolver novas tecnologias automotivas. Este ano, pela primeira vez, o hidrogênio renovável foi escolhido como uma das categorias, visando avaliar a eficiência, o custo, e para estimular o desenvolvimento do que está sendo considerado o combustível do futuro. Esse tipo de competição é para promover a conscientização dos alunos e desenvolver equipamentos cada vez mais eficientes, tecnologias novas, seja para melhorar eficiência, seja para baixar custos, é uma competição bem bacana e, lá na frente, pode chegar à indústria automotiva de alguma forma.

Como o Brasil ainda não produz hidrogênio verde, a corrida utilizará hidrogênio a partir do gás natural, classificado como hidrogênio azul. O hidrogênio em si é o mesmo, independente da cor, é a mesma molécula. O que tem no Brasil hoje é feito de gás. A bateria com o novo combustível será formada por universitários do México e da Bolívia. As outras categorias são de carros a combustão (etanol) e elétricos. Para serem avaliados, os veículos passarão por inspeção técnica e deverão percorrer um circuito de cerca de 10 quilômetros com o mínimo de combustível possível. A equipe vencedora será a que fizer a maior distância com a menor quantidade de energia.

Nesta edição, a Shell Eco-marathon vai reunir cerca de 40 equipes, com mais de 300 estudantes de todas as regiões do Brasil e de países como Argentina, Bolívia, Colômbia, México e Peru. O carro a hidrogênio é elétrico, mas em vez de abastecer na tomada, a geração de energia elétrica é a partir do hidrogênio na célula combustível. O que move o motor do carro é a energia elétrica, ela vem da célula combustível, que junta o hidrogênio com o oxigênio do ar e gera energia elétrica e água. O legal dessa tecnologia é que o que sai do escapamento é água. A Shell já produz hidrogênio verde na Alemanha e na Holanda, mas no Brasil, até o momento, não prevê construir uma unidade dedicada.

A empresa aposta na produção de hidrogênio a partir do etanol, e anunciou há duas semanas a construção da primeira estação experimental de abastecimento de hidrogênio renovável a partir do biocombustível do mundo no Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da Universidade de São Paulo (USP). A iniciativa é uma parceria com a Shell, Raízen e Toyota e deve começar a produzir no segundo semestre do ano que vem. A produção do hidrogênio a partir do etanol tem diversas vantagens de logística, já que o transporte do hidrogênio verde ainda é um desafio no mundo inteiro.

Além disso, o Brasil tem etanol em abundância, e por essa tecnologia as emissões podem ser negativas, enquanto o hidrogênio verde, que é produzido por energia renovável (solar e eólica), garante a neutralidade de carbono. Com a Shell Eco-marathon a companhia consegue informações importantes sobre as performances dos motores com vários tipos de combustíveis, o que leva a empresa a oferecer mais opções ao mercado. A ideia é desenvolver novas tecnologias para trazer opções para o mercado. Não existe uma opção melhor, todas são boas, mas para alguns setores a combustão é melhor, para outros é o elétrico e para outros hidrogênio é melhor. A empresa quer trazer opções para o consumidor avaliar qual o melhor para ele. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.