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17/Aug/2023

Energia Elétrica: investigação sobre apagão no País

Uma falha no sistema elétrico nacional provocou, na terça-feira (15/08), um apagão que atingiu 25 Estados e o Distrito Federal e, segundo estimativa do próprio governo, afetou um terço dos consumidores brasileiros. O blecaute, que durou cerca de seis horas em algumas cidades, foi mais intenso nas Regiões Norte e Nordeste. Apenas Roraima, que ainda não está conectado ao sistema, não registrou problemas. As causas do apagão ainda não foram determinadas oficialmente, e a informação é de que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pela coordenação e controle dos setores de geração e transmissão de energia no País, vai apresentar relatório em até 48 horas. No entanto, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que as investigações terão a participação da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A única motivação que leva a pedir que o Ministério da Justiça, através da Polícia Federal, também participe da apuração do ocorrido é a sensibilidade do setor elétrico nacional. Com esse setor, não se pode transigir na segurança, afirmou o ministro. No começo do ano, a Polícia Federal atuou na apuração de casos de sabotagem a torres de transmissão no Paraná e em Rondônia. O ministro afirmou que o apagão não tem relação com suprimento energético ou com a segurança do sistema. Ele também negou problemas de planejamento, diferentemente do evento de dois anos atrás, no qual, por falta de planejamento, o País esteve à beira do colapso do sistema elétrico. O ministro repetiu que tais eventos são extremamente raros, e uma contingência planejada pelo ONS conseguiu minimizar a carga das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste para que não houvesse a interrupção total.

Segundo o ministro, relatório mais recente do ONS aponta como único evento que poderia estar relacionado ao apagão o que ocorreu em linha de transmissão da Chesf no Ceará. A empresa é uma subsidiária da Eletrobras. Anteriormente, o ministro fez várias referências à Eletrobras em outros momentos, afirmado que a privatização da empresa fez “muito mal” para a “harmonia” do sistema elétrico brasileiro. Especialistas levantaram a possibilidade de o blecaute estar relacionado ao aumento de fontes de geração intermitente (como solar fotovoltaica e eólica) na matriz elétrica do País. O sistema tem de se aperfeiçoar e se adaptar às energias limpas e renováveis. Fato é que elas são fundamentais e imprescindíveis para a transição energética. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirmou que nenhuma hipótese do que pode ter causado o apagão que atingiu 25 Estados e o Distrito Federal na terça-feira (15/08), foi descartada.

Todas as possibilidades estão na mesa e serão analisadas. Até o momento, foi identificado que houve uma avaria brusca e não programada de frequência em uma região do Ceará, por volta das 8h30. Pode ter ocorrido uma segunda ocorrência, mas ainda não é possível precisar. Uma variação brusca e inesperada pode vir de várias coisas: uma carga grande que entrou e saiu inesperadamente, uma geração grande que tenha entrado ou saído inesperadamente, uma série de componentes. Há várias hipóteses, há vários elementos a serem identificados. Um ponto fortemente questionado ao Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foi se já havia identificação de alguma empresa responsável pela falha. Contudo, essa análise é complexa, uma vez que a região onde houve o início da ocorrência inclui várias linhas de transmissão, subestações e geradores.

Não há o que se falar, pelo menos no momento, de um único agente, mas de vários agentes que devem estar envolvidos nessa mesma região, não necessariamente identificar uma responsabilidade única. O ONS se comprometeu a entregar, em até 48 horas, um boletim mais detalhado sobre a interrupção de energia. A intenção é detalhar, pelo menos, onde ocorreu e a causa do início da perturbação. Uma avaliação mais completa será feita em um prazo maior, de um mês, por meio do Relatório de Análise de Perturbação (RAP). O ONS não enfrenta dificuldades ou interferências de terceiros nas apurações do ocorrido. O procedimento adotado atualmente é a dinâmica normal de uma avaria dessa proporção. Do ponto de vista de segurança do sistema elétrico, não há nenhum indicador ou histórico de problemas. Identificando alguma fragilidade, as ações corretivas serão implementadas. A carga foi totalmente restabelecida no País às 14h40 de terça-feira (15/08) e, desde então, o sistema interligado funciona normalmente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.