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11/Aug/2023

CPI do MST esvaziada planeja entrega do relatório

Depois de o governo articular com o Centrão para minar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o relator, deputado Ricardo Salles (PL-SP), planeja preparar o relatório final antecipadamente para apresentá-lo na próxima terça-feira (14/08). O plano de encerrar a CPI só não será colocado em prática se Salles, o presidente, Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) conseguirem convencer os líderes partidários, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e o vice-presidente, Marcos Pereira (Republicanos-SP) a reverter a indicação de quadros de seus partidos mais ligados ao governo Lula. Zucco recorreu ao presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR) para ajudar a coordenar o diálogo.

Na próxima terça-feira (14/08) haverá um dos depoimentos mais importantes com a ida do líder do MST, João Pedro Stédile, à comissão. O relatório ficará pronto para ser apresentado nesta mesma data. Se assim for, a CPI será encerrada depois deste depoimento. O grupo da oposição que está na CPI trabalha até com a possibilidade de que o relatório não seja aprovado pelos integrantes, mas, como alternativa, pretende elaborar um relatório que não alivie críticas ao MST e demais movimentos. A sessão desta quinta-feira (10/08) foi um demonstrativo de como será o trabalho do grupo caso o Centrão continue com o governo na CPI. Com a perda da maioria, a audiência com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, passou sem polêmicas.

Houve mais episódios de risos coletivos (três) do que controvérsia entre parlamentares (uma), deputados saíram antecipadamente. A meia hora do fim da conversa, apenas cinco deputados estavam presentes. Teixeira criticou o acordo do Tribunal de Contas da União (TCU) que suspendeu o programa de reforma agrária e afirmou que o governo retomará as demarcações de terra. O ministro não explicou detalhadamente o que foi tratado no encontro com o líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha, no dia 31 de janeiro de 2023, que não constou na agenda. Ambos confirmaram a reunião. Ele defendeu a pacificação no setor agrário. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.