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09/Aug/2023

Bayer divulga resultados do 2º trimestre de 2023

A Bayer, fabricante alemã de produtos farmacêuticos e agroquímicos, registrou prejuízo líquido de 1,887 bilhão de euros (US$ 2,065 bilhões, com US$ 1 = 0,9136 euro) no segundo trimestre deste ano. O resultado é pior do que o obtido no mesmo intervalo em 2022, quando a empresa obteve prejuízo de 298 milhões de euros. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado recuou 24,5%, de 3,349 bilhões de euros no segundo trimestre de 2022, para 2,527 bilhões de euros no segundo trimestre deste ano. As vendas da companhia caíram 13,8%, a 11,04 bilhões de euros, em comparação com 12,81 bilhões de euros no segundo trimestre do ano anterior.

A divisão Crop Science registrou queda significativa de vendas, principalmente por causa de volumes e preços mais baixos de produtos à base de glifosato. Na área farmacêutica, as vendas se mantiveram estáveis em relação ao mesmo período do ano anterior. Na parte de saúde do consumidor, houve aumento com crescimento substancial nas categorias de Dermatologia e Dor & Cardio. Analistas do FactSet previam vendas de 11,60 bilhões de euros no segundo trimestre, abaixo dos 12,82 bilhões do ano anterior. Quanto à receita, a divisão Crop Science, que inclui produtos agrícolas, registrou 4,92 bilhões de euros, queda de 23,8% ante o mesmo período do ano passado.

A divisão de atendimento ao consumidor obteve receita 2% menor, a 1,46 bilhão de euros. Na divisão de produtos farmacêuticos a receita caiu 5,4%, para 4,55 bilhões de euros. O Ebit ficou em um valor negativo de 956 milhões de euros no período, ante valor positivo de 169 milhões de euros no ano anterior. A Bayer informou que a métrica foi afetada por após encargos líquidos especiais de 2,49 milhões de euros, relacionados com testes de impairment não programados na divisão Crop Science. O fluxo de caixa livre passou de 1,140 bilhão de euros no segundo trimestre do ano passado para um valor negativo de 473 milhões de euros no mesmo trimestre deste ano.

A dívida financeira líquida em 30 de junho de 2023 era de 39,620 bilhões de euros, alta de 9,8% em relação a 31 de março de 2023. Para o acumulado do ano fiscal de 2023, a Bayer espera que as vendas fiquem em torno de 48,5 bilhões de euros a 49,5 bilhões de euros, menos que a previsão anterior de 51 bilhões de euros a 52 bilhões de euros. Para o Ebitda antes de itens especiais, a empresa estima que os valores fiquem entre 11,3 bilhões de euros e 11,8 bilhões de euros, ante previsão anterior de 12,5 bilhões euros a 13 bilhões de euros. A expectativa de lucro básico por ação caiu para 6,20 euros a 6,40 euros, em base ajustada para efeitos cambiais, antes se esperava de 7,20 euros a 7,40 euros.

A companhia espera que o segmento de sementes e proteção de cultivos contraia 2% (ante previsão de crescimento de 3%) em 2023, por conta da queda nos preços do glifosato. O mercado de sementes e proteção de cultivos, excluindo o glifosato, é projetado para cair, principalmente por causa das sementes, em particular o milho, com os preços das commodities permanecendo acima dos níveis históricos. A Bayer prevê, ainda, expansão no mercado farmacêutico de 7% (anteriormente: +6%) e de 5% para o mercado de saúde do consumidor. A previsão de fluxo de caixa livre está próxima de zero, a estimativa inicial era de 3 bilhões de euros. Além disso, a empresa espera uma dívida financeira líquida no fim do ano de aproximadamente 36 bilhões de euros em uma base ajustada pela moeda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.