07/Aug/2023

Segundo a AES Brasil, a tendência de eletrificação das coisas e o desenvolvimento do mercado de hidrogênio verde no País nos próximos anos devem ajudar a reduzir a sobreoferta estrutural de energia até 2027, colocando os preços no mercado livre em patamar mais confortável do que os atuais. Essa situação conjuntural ocorre por conta da situação confortável dos reservatórios das hidrelétricas e da entrada de novas usinas nos últimos anos, com um crescimento relativamente baixo da carga de energia, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) está em R$ 69,04 por megawatt-hora (Mwh).

As negociações para energia incentivada no período entre 2024 e 2027, segundo a consultoria Dcide, estão em torno de R$ 119,13 por MWh, enquanto o valor de referência para a energia convencional em R$ 87,76 por MWh. Apesar desse desarranjo temporário no mercado, o cenário é positivo para as geradoras de energia renovável, tendo em vista que no horizonte há uma demanda potencial com a adoção de veículos e equipamentos elétricos, substituição de combustíveis fósseis por energia limpa, e a atração de indústrias que buscam novas geografias.

Além disso, a cadeia do hidrogênio também abrirá espaço para crescimento na geração de energia nos próximos anos. O Brasil terá um papel de protagonista porque tem muitos recursos para gerar essa energia. De acordo com a AES Brasil, a questão do preço atual da energia não tem grandes efeitos para a companhia no curto prazo, uma vez que sua carteira está praticamente toda contratada nos próximos anos, e quando o preço recupera, haverá espaços para continuar fazendo vendas futuras.

Em relação a potenciais aquisições no mercado, o a empresa avalia as oportunidades. Esse é um mercado que está aquecido, com ativos e plataformas à venda. Hoje, a principal questão desses negócios é o custo de capital ainda elevado no País. O mercado de hidrogênio verde é uma das linhas de negócios prioritárias da AES. O Brasil é um dos principais mercados onde a empresa quer atuar, ao lado dos Estados Unidos e do Chile. A empresa se prepara para exportação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.