03/Aug/2023
Fabricantes de ração, incluindo produtores rurais, têm um prazo de quatro meses para se adequarem às novas regras estabelecidas pela Portaria nº 798 do Ministério da Agricultura e Pecuária. Essa portaria define os critérios mínimos e os procedimentos para a fabricação e uso de produtos destinados à alimentação animal com medicamentos de uso veterinário. As normas atualizadas da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) abrangem não apenas os fabricantes e armazenadores de ração, mas também médicos veterinários e criadores de animais.
A fiscalização abrange toda a cadeia produtiva, desde a fabricação de ração e medicamentos até o consumo do produto pelos animais, incluindo a carne dos animais que ingeriram ração com medicamentos. O objetivo é garantir o emprego racional de medicamentos, incluindo medidas de autocontrole, e promover a redução da resistência aos antimicrobianos usados na alimentação animal. Isso visa evitar a presença de resíduos de medicamentos na carne dos animais, garantindo a segurança alimentar. Especialistas alertam sobre o uso desnecessário de antibióticos, pois isso pode levar à seleção de bactérias resistentes aos medicamentos.
A prevenção através de biosseguridade, vacinação, probióticos e prebióticos é enfatizada para manter a imunidade dos animais e evitar a necessidade excessiva de antibióticos. A implementação das novas regras pode trazer oportunidades ao setor da suinocultura, pois as Boas Práticas de Fabricação (BPF) podem melhorar a qualidade da ração, reduzir desperdícios e proporcionar um ambiente de trabalho mais adequado para os funcionários das fábricas. Isso pode aumentar a confiança dos compradores e posicionar o Brasil como um país fundamental no mercado global. Embora haja um ajuste inicial, acredita-se que, a longo prazo, os benefícios compensarão os esforços de adaptação. Fonte: Suinocultura Industrial. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.