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01/Aug/2023

Salic: adesão à recuperação de pastagens no Brasil

A gestora Companhia Saudita de Investimento Agrícola e Pecuário (Salic) vai aderir ao programa de recuperação de pastagens degradadas do Brasil, informou o Ministério da Agricultura. O interesse do fundo no projeto foi confirmado pela Salic, após reunião com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no dia 30 de julho, em Riad, na Arábia Saudita. A gestora, que pertence ao rei da Arábia Saudita, é especializada em investimentos em agronegócios. No País, o fundo soberano é um dos acionistas da BRF e da Minerva Foods. O encontro integra a missão do Ministério da Agricultura ao Oriente Médio, que busca atrair capital estrangeiro para investimento na conversão de pastagens degradadas em áreas agricultáveis no País. O Ministério da Agricultura não detalhou ainda como será a participação da Salic no projeto.

A companhia vai criar e coordenar um segundo grupo de trabalho para prosseguir as tratativas no âmbito privado, identificando empresas sauditas interessadas na proposta. A Salic integra também o grupo de trabalho governamental firmado entre o Ministério da Agricultura e o Ministério de Meio Ambiente, Água e Agricultura da Arábia Saudita (MEWA) para estruturação de parceria no setor, incluindo o projeto de conversão de pastagens. Outras parcerias relacionadas ao comércio de grãos e a insumos agrícolas, inseridas na recuperação de pastagens de baixa produtividade, ainda podem ser firmadas. O Ministério Saudita afirmou que atuará para que empresas do setor privado ingressem na iniciativa. O projeto do governo federal prevê a recuperação e conversão de 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis em dez anos para dobrar a área de produção de alimentos no Brasil sem desmatamento.

O plano do Ministério da Agricultura é converter 4 milhões de hectares por ano. O custo máximo total do programa é estimado em US$ 120 bilhões, equivalente a US$ 3 mil por hectare em média. A intenção do Ministério da Agricultura é atrair investimento verde ao projeto. Na prática, a ideia é captar recursos estrangeiro junto aos fundos soberanos e bancos de investimento por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como garantidor. Assim, os recursos seriam ofertados aos produtores brasileiros com taxas de juros mais competitivas que o crédito convencional, em nível ainda a ser definido, com três anos de carência e prazo de 12 anos para pagamento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.