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31/Jul/2023

Fertilizantes: entregas devem crescer em 2023/2024

Segundo o Itaú BBA, apesar de um começo de ano mais fraco, as entregas de fertilizantes devem superar em até 10% o volume de 2022. Os preços dos fertilizantes para a safra 2023/2024 ainda podem reagir com a conclusão das compras no Brasil antes do plantio e demanda adicional da Índia, mas devem seguir abaixo das médias de cinco anos, o que deve ser um dos motores da maior demanda no País. Nos primeiros meses deste ano, as entregas foram menores do que em 2022, mas, mesmo com as quedas das principais commodities, a relação de troca ainda é bem atrativa, então, até o fim do ano, deve haver um aumento de 7% a 10% nas entregas em relação a 2022.

O incremento de consumo no País, contudo, não é suficiente para fazer as cotações dos fertilizantes voltarem aos picos atingidos no ano passado com a incerteza causada pela eclosão da guerra entre Rússia e Ucrânia. A mensagem para 2023/2024 é que os preços vão ser mais baixos em relação a 2022/2023. A menor aplicação em 2022 pode ter elevado o consumo da reserva dos macronutrientes do solo em algumas regiões, o que torna necessária a volta do manejo adequado para reposição. Com as safras brasileiras, principalmente as de grãos, podendo bater recorde histórico de produção, isso pode acarretar maiores aplicações. As entregas de fertilizantes de janeiro a abril foram de 10,8 milhões de toneladas, queda de 4,4% na comparação com igual intervalo do ano passado, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).

Ainda há aquisições de fertilizantes no Brasil para serem realizadas para a safra de grãos que será plantada a partir do segundo semestre. Os produtores que ainda precisam concluir as compras do insumo devem ficar atentos ao risco logístico. Todo ano o produtor espera para pegar preços mais baixos e, como pode-se observar, a curva de preço de fertilizantes está caindo, pois realmente teve um pequeno atraso. Mas, quanto mais o produtor espera para fazer as compras, mais risco corre de não receber o produto dentro do prazo. No segundo semestre, há um maior volume de milho, açúcar e farelo de soja para serem escoados para exportação, o que deve colocar à prova a logística brasileira. Isso pode afetar a parte de fertilizantes mesmo tendo o frete de retorno. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.