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25/Jul/2023

Energia renovável deve atrair investimentos no País

Com o avanço da eletrificação da frota de veículos e da produção de hidrogênio no País, a demanda extra por energia pode exigir investimentos de R$ 2,2 trilhões até 2050. Esse é o valor estimado para instalar cerca de 540 gigawatts (GW) de energia renovável, como solar e eólica, segundo levantamento do Portal Solar, empresa franqueadora de projetos fotovoltaicos. Como comparação, a capacidade instalada total (considerando todas as fontes) no País alcançou 205 GW no final de 2022. O estudo foi feito com base no cruzamento de dados oficiais e projeções de entidades setoriais, órgãos de governo e institutos internacionais. De acordo com o trabalho, a transição energética da atual frota de veículos no Brasil para elétricos exigiria uma demanda adicional de 403 terawatts-hora/ano (1 bilhão de watts-hora/ano).

Para se ter uma ideia, um Tesla Model S tem motor de 451 kW (451 mil watts). A demanda por energia irá aumentar também por outros fatores, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a eletrificação de outros setores, caso da indústria, além da produção de hidrogênio verde. Segundo o Instituto Nacional de Energia Limpa (INEL), a Europa, por exemplo, precisará instalar 3.350 GW de energia renovável para tornar viável a eletrificação e produção de hidrogênio verde e para atingir a meta de descarbonização até 2050. Mas, o continente europeu só tem capacidade de instalar 20% desse total. A diferença deverá ser importada.

Segundo o relatório do Portal Solar, se o Brasil quiser atender a 10% da nova demanda, teria de instalar 268 GW adicionais de projetos renováveis para a produção de hidrogênio verde e seus derivados nos próximos 27 anos. O cálculo desconsidera a necessidade de investimento para servir ao mercado doméstico, em particular, o transporte de carga por caminhões, a siderurgia e outros usos industriais. Para o Portal Solar, embora outras fontes devam crescer para acompanhar a nova onda de demanda por energia no País, a solar desponta como uma das mais competitivas e atrativas. Isso porque houve nos últimos anos uma queda expressiva no preço dos equipamentos fotovoltaicos e melhora na geração por metro quadrado das placas, entre outros fatores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.