29/Jun/2023

Segundo dados desempenho do setor que a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou nesta quarta-feira (28/06), a indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou em maio um avanço de 10,6% no seu faturamento líquido total em relação a abril,

Na comparação com maio do ano passado, o faturamento do setor encolheu 15,6% e caiu também nos acumulados do ano até maio e em 12 meses à razão de 8,5% e 7,3%, respectivamente. O consumo aparente do setor, definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações, cresceu 12,0% em maio comparativamente com abril. Na comparação com maio do ano passado, o consumo aparente da indústria de máquinas e equipamentos caiu 10,7%, passando a acumular no ano recuo de 8,4% e queda de 6,8% no período de 12 meses até maio. As exportações em valores da indústria de máquinas e equipamentos cresceram em maio 35,7% em relação a abril.

Na comparação com maio de 2022, as exportações do setor aumentaram 22,2%. Com estes aumentos nos valores embarcados, as exportações do setor passaram a acumular alta de 23,0% no ano até maio e alta de 18,4% na somatória dos últimos 12 meses encerrados em maio. As importações do setor espelharam o comportamento das exportações, crescendo 27,0% em relação a maio e avançando 24,8% na comparação com maio do ano passado. Os volumes exportados também acumulam altas de 13,0% no ano e de 14,0% nos 12 meses encerrados em maio. Apesar de não afetar quantidades de exportações, em curva ascendente, a apreciação do Real frente ao dólar pode contribuir para a diminuição de receitas com máquinas e equipamentos no ano. Além disso, o apetite fraco do setor agrícola do mercado doméstico no ano pode atravancar os resultados dessa abertura.

Houve uma forte revisão de paridade cambial que não estava considerada nos modelos da Abimaq. Foi utilizado cenário de R$ 5,20 (para o Real frente ao dólar), mas o câmbio está abaixo dos R$ 5,00. A projeção para o crescimento das exportações segue em 8,6%, mas a estimativa para a receita líquida do mercado doméstico foi revisada de crescimento de 0,6% para uma queda de 4,6% no ano, ainda que esse número represente uma melhora em relação à queda acumulada em 12 meses de 10,3% registrada em maio, tendo em vista a perspectiva de um segundo semestre melhor. Há um nível de investimentos do setor agrícola que ficou represado e deve ocorrer nos próximos meses em razão do Plano Safra, mas ainda assim não deve atender às expectativas que tínhamos no início do ano. Destaque para os resultados mais fracos vindos do setor de construção civil no mercado doméstico, ainda que o setor esteja exportando bastante. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.