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29/Jun/2023

BNDES: subsídios para fomentar Hidrogênio Verde

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) afirmou que o País vai precisar de subsídios inteligentes e focados para fomentar a transição energética e que os produtores de hidrogênio verde são candidatos claros a receber essa vantagem. Embora os subsídios a fontes renováveis estejam acabando, sua continuidade pode ser discutida para projetos de geração de energia elétrica associada ao hidrogênio verde. O mundo inteiro trabalha com subsídios e a discussão é sobre onde faz mais sentido.

Mas, subsídio precisa ter data para acabar, pois trata-se de um ciclo. Isso já foi feito com renováveis, pois o Brasil já fomentou eólica e solar. Especificamente sobre hidrogênio verde, o custo de produção é bem superior ao de outras moléculas e, por isso, deve ser subsidiado. O hidrogênio verde é o caso claro da necessidade de subsídio. Os subsídios para eólica e solar estão acabando, mas como eólica e solar estão associadas a hidrogênio verde, isso pode ser considerado.

O Brasil vai precisar de R$ 350 bilhões em investimentos por ano no horizonte de uma década, para infraestrutura e energia elétrica, a fim de reduzir o 'gap' com relação a outros mercados e viabilizar a produção de hidrogênio verde em grande escala. O BNDES não suporta esse volume de financiamento e, por isso, o País vai precisar de outras ferramentas, bancos privados, mercado de capitais e instrumentos multilaterais. Nesse sentido, há conversas com Banco Mundial, BID, Banco Europeu de Investimentos, que têm linhas para financiar a transição no Brasil.

O Brasil tem muita vantagem comparativa em recursos naturais, mas uma restrição de capital maior que Europa e Estados Unidos. Com certeza, algum subsídio será necessário. Os Estados Unidos devem ofertar um volume tão grande de recursos em negócios ligados à transição, como hidrogênio verde, que será impossível para o Brasil competir no mercado norte-americano, mas Europa, Japão e China serão mercados aos quais a produção brasileira deverá servir. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.