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26/Jun/2023

Transgênicos: STF julga a competência da CTNBio

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para manter a competência exclusiva da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para liberar a comercialização de transgênicos. O magistrado havia pedido vista em 2021 e devolveu o processo neste mês. O julgamento está sendo realizado no plenário virtual que começou na sexta-feira (23/06) e vai até o dia 30 de junho. A ação foi apresentada há 18 anos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra dispositivos da Lei da Biossegurança, de 2005. De acordo com a lei, cabe exclusivamente ao CTNBio solicitar ou dispensar estudos de impacto ambiental.

Para a PGR na época, a análise das implicações ambientais dos transgênicos deveria passar também pelo Ministério do Meio Ambiente. A não exigência de estudos prévios fere o princípio da precaução. Para Gilmar Mendes, a própria composição do órgão contempla a perspectiva ambiental. Fazem parte do corpo técnico especialistas de saúde humana, saúde animal, área vegetal e meio ambiente, além de representantes de diversos ministérios. “O legislador estruturou instância técnica com autonomia e composição qualificada, extensamente previstos em lei ordinária, em contornos de que nem mesmo os órgãos ambientais se revestem”, afirmou o ministro em seu voto.

O ministro relator, Kassio Nunes Marques, já votou para negar o pedido da PGR e o ministro Edson Fachin votou para acolher a ação. Com o voto de Gilmar Mendes, o julgamento vai a 2 a 1 para manter a regulação da segurança dos transgênicos sob o guarda-chuva do CTNBio, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Neste mês, a Advocacia-Geral da União (AGU) opinou contra a ação. Para o órgão, o esvaziamento da CNTBio levaria a um "vazio jurídico" capaz de causar prejuízos econômicos a cultivos como os de algodão, milho e soja. O ministro Jorge Messias (AGU) chegou a ir ao STF para discutir o assunto com ministros da Corte. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.