26/Jun/2023

Em mais um capítulo da disputa geopolítica que envolve a guerra na Ucrânia, o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, defendeu que a produção de fertilizantes no mundo seja diversificada para outros países. A Rússia é o principal país exportador de fertilizantes, com cerca de 23% de participação no mercado global, e principal fornecedor do Brasil. Scholz afirmava que a guerra trazia consigo ameaças para além da segurança e manutenção da paz na Europa, e que poucos países concentravam produção de fertilizantes e adubos, o que poderia trazer escassez do produto e impactar na inflação. Segundo Scholz, existem recursos naturais na África e a América Latina tem potencial de produção de fertilizantes, mesmo assim continua o monopólio de países.

É preciso investir e criar lavras de fertilizantes em todo o mundo para se obter uma estrutura mais resiliente e facilitar o acesso. O chanceler alemão fez a proposta durante discurso na Cúpula por um Novo Pacto Financeiro Global. A reunião é promovida pelo presidente francês Emmanuel Macron. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve lugar de destaque na reunião e discursou na plenária final. Lula elogiou outra sugestão do alemão, a produção local de produtos beneficiados de minério. O Brasil é exportador de matéria-prima e não fica com o resultado daquilo que produz. Em muitos lugares, as empresas que retiram minério sequer reflorestam. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.