22/Jun/2023

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS), o grande desafio brasileiro no avanço das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira é aumentar a demanda por eletricidade. Não adianta produzir tanta energia se não há crescimento do consumo. A economia tem que crescer, os setores eletrointensivos devem crescer. Diferente da Europa, onde os novos projetos eólicos e solares permitem a desativação de usinas de geração movidas a combustíveis fósseis, no Brasil as novas capacidades (eólicas, solares e quem sabe mais algo de hidrelétrica) não devem ocasionar qualquer desativação. Há necessidade de estimular maior intercâmbio energético na América Latina, classificado como "ainda tímido", apesar do progresso dos últimos anos.

As interligações com os sistemas de transmissão de países vizinhos permitiriam não apenas ampliar as exportações de energia, como as realizadas nos primeiros meses deste ano, diante do alto nível dos reservatórios das hidrelétricas, como aumentar a segurança energética. Também é importante haver maior envolvimento do setor elétrico nas discussões sobre estratégias para o desenvolvimento do hidrogênio no Brasil. O País tem recursos para ser líder energético, muito se fala da produção de hidrogênio, mas fica a dúvida sobre onde o Brasil vai produzir hidrogênio. O setor elétrico deve mostrar as melhores posições para produção energética a partir de questões como a disponibilidade de recursos elétricos, transporte e armazenamento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.