20/Jun/2023

Segundo afirmação de um dos maiores especialistas no assunto no mundo: Rattan Lal, ganhador do Prêmio Mundial da Alimentação e 2020 e do Prêmio Nobel da Paz em 2007 (como integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas), “o solo deve ser tratado como ser vivo”. Ele esteve no Brasil e falou para representantes do agronegócio sobre o papel das práticas agrícolas ambientalmente responsáveis no desafio de aumentar a produtividade no campo.

Concedeu duas palestras durante um evento voltado ao agronegócio em Campinas (SP). E disse que “o investimento no solo equivale a uma aplicação financeira de alto rendimento”. Para o cientista, o solo tende a ficar mais resiliente com o uso de práticas inovadoras, ciência e gestão. Entre os exemplos, ele citou a integração lavoura-pecuária, agricultura regenerativa, agricultura de precisão e revolução digital, incluindo a utilização de inteligência artificial, além de drones, robôs e máquinas autônomas. Rattan Lal destacou ainda o papel dos sistemas alimentares globais na redução das emissões de gases de efeito estufa.

Considerando que, atualmente, entre 30% e 35% das emissões globais dos gases de efeito estuda vêm da atividade agrícola, aí é que se encontra o potencial para diminuição. Defendeu também a valorização do carbono como uma commodity. Há ainda certa insegurança por parte dos produtores na realização de investimentos nesse sentido. É necessária a criação de regulamentação mais clara e negociação que dê ao carbono o valor que ele possui. Fonte: Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.