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16/Jun/2023

Petrobras buscando parceria em hidrogênio e eólica

A Petrobras conversa com empresas fora do Brasil para fazer investimentos conjuntos em hidrogênio e energia eólica dentro e fora do País. A estatal também estuda investimentos em energia fotovoltaica, mas sem sugerir incursões no exterior. Há uma série de ações para investir em parques eólicos e solares, preferencialmente em parceria com outras grandes empresas no Brasil e fora do Brasil, porque o País ainda não tem marcos regulatórios bem estabelecidos. Ao mencionar a falta de regulação, a Petrobras faz menção, sobretudo, à geração eólica em alto-mar e produção de hidrogênio, cujo regramento ainda tramita no Congresso e apenas engatinha nas agências reguladoras. Há possibilidade de estabelecer negócios nessas frentes no exterior para ganhar expertise e descarbonizar o portfólio da Petrobras no futuro mais próximo.

A Petrobras tem acordo com a norueguesa Equinor para estudar e eventualmente estabelecer sete projetos de eólica offshore que perfazem uma capacidade de 14 GW. Mas, a Petrobras já conversa com a Equinor para que também estabeleça parcerias com outras grandes empresas com atuação no País. As intenções estão em linha com a recente decisão da diretoria executiva e do conselho de administração de elevar o percentual de investimento dedicado à descarbonização de 6% para uma faixa até 15% do Capex total. Pesquisas em hidrogênio já estavam nos planos das gestões anteriores da Petrobras e, agora, entraram de vez no horizonte de negócios da estatal.

A descarbonização passa necessariamente pela eletrificação via fontes renováveis, mas isso só vai dar conta de 70% do processo. O restante, relacionado à demanda de setores como siderurgia, refino, transporte aéreo e marítimo de longa distância, terão como "peça central" o hidrogênio. A Petrobras está muito focada no hidrogênio, em várias soluções de combustíveis líquidos que vão ser fundamentais para a descarbonização do transporte, que é o principal emissor de gás de efeito estufa. A agenda da Petrobras relacionada a novos combustíveis limpos já está em curso via produção dos chamados Diesel R e BioQAV. Esses combustíveis são resultado do coprocessamento de óleo fóssil e vegetal em refinarias especializadas, caso da Repar, que já tem essas linhas de produção ativas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.