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06/Jun/2023

Infraestrutura: Brasil precisa elevar investimentos

Nos cálculos dos técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Brasil vai precisar de investimentos da ordem de R$ 3 trilhões a R$ 3,5 trilhões em infraestrutura nos próximos 10 anos. Parte significativa desse investimento deverá ser feita em energia, sobretudo face à demanda das usinas de moléculas de hidrogênio, que devem ser o motor de transição nas próximas décadas. Nos últimos 20 anos, foram investidos R$ 1 trilhão em infraestrutura, o que denota, ao mesmo tempo, a necessidade de alavancar esse volume e certa capacidade para fazê-lo. O País vai precisar de R$ 520 bilhões somente para a expansão da geração de energia e R$ 1 trilhão para financiar usinas de hidrogênio verde.

A expansão da eletromobilidade, um dos focos do banco conforme o presidente Aloizio Mercadante, vai exigir R$ 263 bilhões, o que deve contemplar no curto e médio prazos a indústria de ônibus elétricos. Outros R$ 400 bilhões em investimentos ainda serão necessários para viabilizar a expansão planejada do saneamento básico. Se o BNDES não fomentar, o mercado privado sozinho não vai conseguir. O BNDES não vai competir nem com o mercado de capitais e nem com os bancos privados. Na verdade, se o BNDES entrar, as outras fontes vão ter mais negócios para fazer. Apesar da taxa básica de juros alta (13,75%) e de "ventos macroeconômicos contrários", o BNDES vai voltar a escalar desembolsos.

Em 2022, desembolsou R$ 42 bilhões para infraestrutura e energia. Em 2023, a expectativa é de R$ 47 bilhões. Para fazer frente ao potencial das usinas de hidrogênio, será preciso dobrar a capacidade de geração de energia limpa do País. Essa reindustrialização é verde e tecnológica, exatamente porque o Brasil tem as vantagens competitivas já estabelecidas na matriz. O hidrogênio verde não é uma falácia. Ele não vai resolver todos os problemas, mas é que vai viabilizar a transição no transporte de longa distância, navegação, cimento e siderurgia. O País será um dos mais competitivos na área, com produção em larga escala e potencial para desenvolver uma molécula mais barata que o hidrogênio azul, com base em energia termelétrica. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.