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06/Jun/2023

Diesel: reoneração preocupando os caminhoneiros

A Associação dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) lamentou a decisão do governo de antecipar a volta da cobrança dos impostos federais sobre o diesel, que estava previsto para ocorrer apenas em dezembro deste ano. Com a reoneração, o governo deve arrecadar R$ 3 bilhões, que serão usados para bancar o programa de desconto de carro popular. A previsão é que a volta da cobrança de impostos federais sobre o diesel seja feita em duas etapas: metade em setembro deste ano e a outra metade, em janeiro de 2024.

A decisão do governo é considerada preocupante, porque o diesel é o que mais pressiona a inflação no Brasil, uma referência ao transporte rodoviário, predominante no País para a circulação de mercadorias. O combustível mais barato leva os insumos mais baratos para a população. Segundo analistas, o impacto dos impostos federais (PIS/Cofins) sobre o diesel não é muito significativo, girando em torno de 2% do valor final do produto, enquanto os impostos estaduais representam 18,1%. No dia 21 de maio, a maior greve de caminhoneiros já realizada no Brasil completou cinco anos.

Na época, chamada de "a crise do diesel", a categoria protestava contra os sucessivos reajustes do diesel pelo governo Temer, que introduziu a política de paridade de importação (PPI) na Petrobras, com reajustes quase diários. Com a mudança de governo no início deste ano, a Petrobras acabou com o PPI e anunciou uma nova estratégia comercial, com maior flexibilidade para os reajustes, levando em consideração o custo alternativo do cliente (quanto ele estava disposto a pagar diante de outras alternativas) e o valor marginal para a Petrobras (o quanto a empresa está disposta a receber, comparando com a importação e exportação do produto, entre outros fatores comerciais).

A Petrobras reduziu o diesel no dia 17 de maio, em 12,8%. No dia 2 de junho, o combustível era negociado com uma defasagem de 6% em relação ao mercado internacional, nos polos atendidos pela Petrobras, e de 3% nos mercados atendidos pela Acelen, controladora da Refinaria de Mataripe, na Bahia. Nas bombas, o preço já caiu 11% em um mês. Nesse patamar, pela política do PPI, ainda aplicada pela Acelen, a Petrobras poderia elevar o diesel em R$ 0,20 por litro nas suas refinarias para atingir a paridade, segundo cálculo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.