01/Jun/2023
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a retração do faturamento líquido do setor de máquinas e equipamentos em abril, da ordem de 19,2%, bem como nos dados de exportações e importações, além de emprego, deve-se, entre outras coisas, à taxa de juro alta e por tempo prolongado. A queda acabou até por enfraquecer o aumento de 4% visto em março no acumulado, que ficou abaixo do esperado. Os juros altos afetaram o consumo e, consequentemente, os investimentos.
Tanto que o indicador de consumo aparente, definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações, recuou 18,8% em abril na comparação com março. Observa-se queda generalizada não só no consumo das máquinas domésticas como das importadas. Apesar da queda das exportações da ordem de 20,8% em abril, são as vendas ao exterior que vão assegurar o crescimento do setor ano. Foram as exportações, inclusive, que impediram uma queda maior do faturamento em abril. Isso porque mesmo com a queda na margem, as exportações acumulam crescimento de 23,4% no ano.
Houve crescimento das exportações e valores em volume, ao contrário do mercado doméstico que, no mesmo período, registrou uma queda de 11,9%. Para a entidade, o Banco Central poderia reduzir a taxa básica de juro, mas apenas uma sinalização da autoridade monetária neste sentido já ajudaria as empresas a se programarem para seus investimentos. O único setor que vem apresentando algum crescimento é o ligado a bens de consumo, por conta do aumento do salário-mínimo e de programas sociais de apoio às famílias carentes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.