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19/Mai/2023

Produtos químicos: vendas recuam no 1º trimestre

Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), os principais índices que medem o desempenho dos produtos químicos de uso industrial tiveram no primeiro trimestre de 2023 resultados negativos na comparação com o mesmo período do ano anterior. A produção recuou 11,45%, as vendas internas caíram 6,6% e o consumo aparente nacional (CAN), resultado da soma da produção mais importação, retirando as exportações, declinou 0,8%. A utilização da capacidade instalada foi de 69%, 7% a menos na média dos três primeiros meses de 2023, na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. A ociosidade maior que 30%, classificada como preocupante pela entidade, foi provocada pela queda na produção. As importações de produtos químicos tiveram alta de 10,7% no primeiro trimestre ante o mesmo intervalo de 2022.

A fatia de participação dos produtos estrangeiros subiu para 41% no mercado doméstico nos três primeiros meses do ano, contra 37% na comparação anual. No período de 12 meses encerrados em março, em comparação com o mesmo intervalo imediatamente anterior, a produção caiu 7,05%, as importações foram inferiores em 4,7% e o CAN foi 4,6% menor. Segundo a Abiquim, o setor tem sofrido com a falta de competitividade e o fechamento de diversas plantas que utilizavam o gás natural como matéria-prima principal, como isocianatos, metanol, amônia e ureia, além de não terem sido realizados investimentos em novas capacidades produtivas e, como consequência, o País se tornou dependente de importação desses produtos. Outro ponto que justifica a piora do dinamismo do mercado interno, segundo a entidade, foi a inserção de intermediários para fertilizantes, petroquímicos básicos e resinas termoplásticas na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (LETEC) e a retirada do Regime Especial da Indústria Química (REIQ) sobre o setor, em meados do ano passado.

Apesar do cenário negativo dos últimos anos, o País precisa aproveitar a vocação natural e as vantagens comparativas que dispõe, em especial em termos de abundância de recursos naturais, tanto de gás quanto de matérias-primas e energia de fontes renováveis. Uma oportunidade de transformar esse cenário está refletida no andamento do Programa Gás para Empregar, anunciado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que pode tornar o Brasil mais competitivo, atraindo inúmeros investimentos que estão, há tempos, represados, ajudando na reindustrialização do País, uma das metas do atual governo. A garantia de energia e matéria-prima são os principais fatores para atração de investimento na química. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.