05/Mai/2023
As principais montadoras brasileiras ainda não superaram a escassez de peças e componentes que se iniciou na pandemia. Alguns executivos relatam retorno de 80% do fornecimento, mas problemas pontuais ainda impedem que as máquinas possam ser entregues. A AGCO afirmou que a expectativa do setor é de que esses gargalos na cadeia sejam solucionados ainda em 2023. John Deere, Case IH e Fendt relataram ainda enfrentar resquícios da pandemia, em diferentes níveis. A Fendt afirmou que atende perto da normalidade. Praticamente todos os fornecedores de peças que atendem a Fendt tem conseguido trabalhar sem muita dificuldade.
A John Deere considera que os problemas ainda não foram 100% superados. Na pandemia, a empresa chegou a trazer voos charter com peças e componentes. A situação é outra agora, mas ainda não é possível dizer que está 100%. A Case IH ressalta que o número de fornecedores críticos diminuiu, mas a operação está 80% normalizada. O que ainda não normalizou ainda foi logística. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) ressaltou que o segmento de semicondutores é um dos que estão sendo mais afetados no momento. Os gargalos ainda geram conturbações na produtividade, mas já estão longe do nível de um ano atrás.
Antes, havia falta absoluta e agora há gargalos pontuais. Essas interrupções não impedem a produção, mas, ao mesmo tempo, não permitem a entrega imediata. É comum observar máquinas aguardando um componente final nos estoques. Para a indústria é muito difícil administrar isso, por conta de espaço para estocar máquinas e condições para voltar o equipamento para a linha de produção e para as inspeções de qualidade, quando o componente chega. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.