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02/Mai/2023

Diesel: Petrobras anuncia redução de 9,8% no preço

Com os preços internos bem acima dos internacionais, a Petrobras reduziu, no dia 29 de abril, o preço do diesel em 9,8% nas suas refinarias, ou menos R$ 0,38 por litro. O preço vai passar de R$ 3,84 por litro para R$ 3,46 por litro, depois de 37 dias sem reajuste. Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,05 por litro vendido na bomba. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a diferença entre o preço do diesel nas refinarias da Petrobras e o mercado internacional atingiu uma defasagem positiva de 17%, o maior desde o início de fevereiro, abrindo espaço para uma queda de R$ 0,55 por litro.

Segundo a Associação dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), a queda do diesel vai ajudar a compensar em parte o início da vigência das alíquotas fixas (ad rem) do ICMS, que passam a vigorar a partir de 1º de maio. A alíquota será de R$ 0,9456 por litro do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para o diesel e biodiesel. Na prática, a redução nas refinarias será de R$ 0,38 por litro, apesar da defasagem em relação ao mercado internacional indicar redução de R$ 0,55 por litro. Para o Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), a defasagem em relação aos preços externos é de 17%, o que poderia indicar uma redução de R$ 0,56 por litro nas refinarias.

Porém, há dúvidas se a redução do preço do combustível chegará nos postos de abastecimento, e defendeu a volta da Petrobras ao segmento de distribuição. A Petrobras tem essa preocupação, porque tem o refino, mas está nas mãos dos distribuidores. Com o novo Conselho de Administração, terá mais autonomia. A Petrobras pretende voltar para a distribuição, depois da gestão anterior ter vendido a BR Distribuidora para a Vibra junto com o arrendamento da marca da empresa por 10 anos. Porém, as reavaliações das vendas feitas durante o governo Bolsonaro serão negociadas com calma e sem ruptura de contratos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.