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27/Abr/2023

Máquinas Agrícolas: vendas recuam no 1º trimestre

Segundo a Câmara de Máquinas Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o mês de março deu sequência a um quadro baixista que já vem sendo observado desde o final do ano passado para a indústria de máquinas agrícolas. As vendas destes equipamentos no mês passado encolheram 14,7% no terceiro trimestre. Este recuo é atribuído a dois fatores que vêm assolando o segmento desde novembro de 2022: taxa de juros elevadas e a falta de recursos do governo para compras de máquinas e implementos agrícolas por parte dos produtores. Neste segundo caso, se estabeleceu uma janela de cinco meses, iniciada em novembro, sem recursos do Plano Safra.

Ocorre que o governo anterior liberou em julho do ano passado um volume de recursos inferior ao necessário para financiar a safra 2022/2023 e quando chegou outubro já não havia mais dinheiro do Plano Safra. Isso impactou diretamente no setor de máquinas agrícolas. É bom que se registre que a situação do produtor está muito boa. Ele está bem capitalizado, mas espera recursos do Plano Safra para investir. O juro alto, como não poderia deixar de ser, é o maior entrave para as vendas de máquinas agrícolas. O produtor normalmente financia suas compras de máquinas e implementos entre 5 e 7 anos. Mas como as taxas de juros encontram-se muito elevadas, ele prefere se recolher e não investir, à espera do que o Banco Central vai fazer no âmbito da política monetária.

O juro alto é o principal entrave às vendas de máquinas agrícolas. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem sinalizado com a possibilidade de antecipar o anúncio do Plano Safra. Havia, inclusive, expectativas de que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, fizesse o anúncio do Plano Safra na Agrishow, uma das maiores feiras de máquinas e implementos agrícolas do mundo. Mas não adianta antecipar o anúncio e deixar para liberar os recursos em julho. Teria de começar a funcionar imediatamente. Anunciar o Plano Safra agora e deixar para liberar os recursos em julho vai travar ainda mais o mercado de máquinas agrícolas porque depois a indústria não conseguirá produzir para atende às demandas a tempo de as máquinas chegarem ao campo dentro do calendário de plantio e colheita. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.