20/Abr/2023
A direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem mostrado grande irritação com Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário. Na visão do MST, o ministro não tem contribuído para fazer avançar o debate a respeito da reforma agrária e assim diminuir a tensão com os movimentos do campo. A Pasta de Teixeira é o principal elo do MST com o governo federal, pois está em sua alçada o tratamento da questão da reforma agrária. O MST tem cobrado, desde o começo do ano, a apresentação de um plano para as famílias acampadas, estimadas em cerca de 100 mil, e a substituição de superintendentes estaduais bolsonaristas do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). A avaliação do MST é a de que o ministro não deu encaminhamento a essas demandas nesses primeiros meses de governo.
Os membros do MST afirmam que saíram sempre sem debates substantivos a respeito de seus temas de interesse das reuniões com o ministro. O MST diz que a dificuldade está concentrada no ministro, cuja postura é definida como intransigente. As reuniões recentes com Cesar Aldrighi, presidente do Incra, e Edegar Pretto, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram consideradas produtivas, assim como encontros nos ministérios da Cultura, da Educação e da Saúde. Nos próximos dias, dirigentes do movimento devem se encontrar com Márcio Macedo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, Rosa Weber, presidente do STF, e Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados. Fonte: Folha de São Paulo. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.