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19/Abr/2023

MST invade as áreas da Suzano no Espírito Santo

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) invadiram, na segunda-feira (17/04), duas fazendas da empresa Suzano, em Aracruz, no Espírito Santo. As invasões aconteceram pouco mais de um mês após um acordo intermediado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para a desocupação de outras três áreas da Suzano, invadidas no sul da Bahia. A empresa informou ter entrado com pedido de reintegração de posse, com liminar já concedida pela Justiça estadual. A nova ofensiva contra áreas produtivas da Suzano faz parte da onda de invasões conhecida como “Abril Vermelho”, que desde o início da semana incluiu atos em 18 Estados, entre eles ocupações e protestos em sedes regionais do Incra no Rio Grande do Norte, Ceará, Sergipe, Paraíba, Brasília, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Maranhão.

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo deu prazo de 24 horas para o MST desocupar as fazendas, sob pena de multa diária de R$ 10.000,00. Também proibiu a invasão de áreas vizinhas e autorizou a requisição e uso de força policial para a retirada dos invasores, em caso de resistência à desocupação voluntária. O MST informou ter mobilizado 200 famílias para entrar nas propriedades. Alega que as terras fariam parte do patrimônio do Estado e teriam sido griladas. O movimento quer a destinação da área para assentar mais de mil famílias. A invasão das propriedades da Suzano se soma a outras cinco ocupações de fazendas realizadas pelo movimento em Pernambuco no último fim de semana, além da invasão de prédios públicos. O chamado “Abril Vermelho” lembra a morte de 19 sem-terra pela Polícia Militar, em 1996, em Eldorado dos Carajás, no Pará.

A Suzano disse ter sido surpreendida com a invasão pelo MST de duas áreas produtivas no Espírito Santo, mesmo em um contexto de diálogo e construção de convergência entre as partes, em uma referência ao acordo intermediado pelo governo. No início de março, as duas partes se sentaram com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, após o MST desocupar as áreas invadidas no sul da Bahia. Conforme a empresa, a decisão judicial para reintegração de posse das novas áreas invadidas confirma, mais uma vez, a ilegalidade das invasões do MST. Cabe reforçar que a empresa cumpre integralmente as legislações ambientais e trabalhistas, tendo como premissa em suas operações o desenvolvimento sustentável e a geração de valor e renda, reforçando assim seus compromissos com as comunidades locais e com o meio ambiente. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.