17/Abr/2023
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) afirmou que João Pedro Stédile, membro da direção nacional do movimento, exerceu seu "direito de liberdade de expressão" em vídeo no qual afirma que haverá mil e uma formas de mobilizações do movimento neste mês. Após a divulgação deste vídeo, a bancada ruralista no Congresso Nacional pediu sua investigação e prisão. Segundo o MST, o vídeo se refere a manifestações pacíficas a partir do direito de livre organização, ambos previstos na Constituição. O vídeo em questão foi publicado na última semana no site oficial do MST, como chamamento para o movimento "Abril Vermelho", mês em que o movimento lembra o Massacre de Eldorado do Carajás, no Pará, e realiza diversas ações em defesa da reforma agrária.
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) acusa Stédile de crime incitação aos crimes de invasão de propriedade e esbulho possessório pelas declarações feitas no vídeo e pediu, no dia 11 de abril, a sua investigação e prisão. O MST, por sua vez, afirma que o pedido de prisão de Stédile é uma manobra da “extrema-direita-bolsonarista" que foi derrotada nas eleições de 2022 e não admite a organização e luta dos trabalhadores rurais por terra, reforma agrária e democracia. João Pedro Stédile acompanhou a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na China. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.