30/Mar/2023
A Fertilizantes Heringer, que está em recuperação judicial, obteve prejuízo líquido de R$ 73,497 milhões no quarto trimestre de 2022, contra R$ 428,6 milhões de lucro líquido no mesmo período de 2021. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no período veio negativo em R$ 89,595 milhões, contra a cifra positiva de R$ 402,9 milhões no quarto trimestre de 2021. A receita líquida também caiu 6,7% na mesma base de comparação, para R$ 1,555 bilhão. O volume de entregas da Heringer somou 429 mil toneladas, alta de 0,2% no comparativo anual. Do total de entregas, 34% foram de café, 22% de milho, 15% de cana, 7% de soja e 22% para as demais culturas. O recuo de 5,8% do volume entregue pela Fertilizantes Heringer em 2022, para 1,405 milhão de toneladas, foi menor do que o verificado em todo o mercado de fertilizantes brasileiro, de cerca de 10%. Mesmo com a redução das entregas, a receita líquida aumentou 32,2% no ano passado, para R$ 5,675 bilhões. A receita foi maior devido aos preços no primeiro semestre, uma referência ao aumento das cotações ao longo do primeiro trimestre de 2022.
Apesar disso, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 150,571 milhões em 2022, ante lucro líquido de R$ 667,213 milhões em 2021. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em 2022 também foi negativo em R$ 26,256 milhões, ante Ebitda positivo de R$ 870,120 milhões um ano antes. No quarto trimestre, a empresa obteve prejuízo líquido de R$ 73,497 milhões, contra R$ 428,6 milhões de lucro líquido no mesmo período de 2021. O Ebitda no período foi negativo em R$ 89,595 milhões, contra cifra positiva de R$ 402,9 milhões no quarto trimestre de 2021. A receita líquida também caiu, 6,7% na mesma base de comparação, para R$ 1,555 bilhão. O volume de entregas da Heringer no quarto trimestre aumentou 0,2%, para 429 mil toneladas. Os executivos da empresa foram questionados sobre o aumento do Custo por Produto Vendido (CPV) no ano não ter refletido a queda dos preços dos fertilizantes no mercado internacional.
Em 2022, o CPV aumentou 65%, para R$ 5,432 bilhões, e no quarto trimestre de 2022, 24,4%, para R$ 1,531 bilhões. O preço médio da ureia caiu 40% entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022, o do cloreto de potássio recuou 33% no mesmo período e o do fosfato monoamônico (MAP) diminuiu 27%. A diferença se dá porque a companhia adquire os produtos para formar seus estoques e só os vende posteriormente. Em um cenário de queda paulatina de custos, a empresa vende quando os preços estavam muito mais baixos do que quando foram comprados. Além disso, outros fatores compõem o custo, como frete. A empresa vem buscando fixar o preço da matéria-prima em momento posterior à compra, de modo a minimizar a diferença entre o custo de aquisição do insumo e o preço de venda ao produtor. A Fertilizantes Heringer trabalha com a perspectiva de uma recuperação das entregas de fertilizantes no Brasil em 2023, para um volume entre 44 milhões e 45 milhões de toneladas.
Em 2022, foi contabilizada redução de 10,4% do volume entregue no País, para 41,078 milhões de toneladas de fertilizantes, ante 45,855 milhões em 2021. Entre 2020 e 2021, o volume entregue havia aumentado 13%, conforme dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). No ano passado, o aumento dos preços do insumo e reservas de adubos acumuladas no solo levaram produtores brasileiros a reduzirem suas compras de fertilizantes. Para 2023, a perspectiva é de maior estabilidade das cotações de adubos. No ano passado, o valor médio da ureia caiu 40% ante dezembro de 2021; o do cloreto de potássio recuou 33% no mesmo período e o do fosfato monoamônico (MAP), diminuiu 27%. Com os preços das commodities nos níveis atuais, a relação de troca entre insumos e grãos está favorável para os produtores. Com isso, há expectativa de recuperação dos valores entregues. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.