ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

28/Mar/2023

Porto de Santos: governo é contra a privatização

O ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, defendeu que a ideia de privatização do Porto de Santos (SP), projeto que não chegou a ser concretizado no governo anterior, era equivocada, mas que isso não significa que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva seja contra o modelo de privatizações. Para o ministro, o Porto de Santos já é quase todo privatizado, as operações são privadas, o Porto mantém a autoridade pública. Esse é o modelo de 99% do mundo. Vender o CNPJ da autoridade portuária criaria problemas bem graves. Como exemplo, o ministro citou a guarda portuária que é feita pela autoridade pública, mas, no instante em que não é mais pública, terá que se buscar algo para manter a fiscalização. Márcio França afirmou ter conversado sobre o tema com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

França disse ao governador que a privatização do complexo portuário era um dos piores equívocos do governo passado do ponto de vista de logística: imaginar que era possível fazer a venda da autoridade portuária. França avaliou também que a estratégia de interiorização do porto da gestão anterior foi equivocada, na direção contrária de exemplos internacionais. Todos os principais portos do mundo todo vão exteriorizando, vão entrando offshore, para pegar calado mais profundo sem precisar de dragagem. O ministro afirmou que o governo atual não tem restrições quanto ao tema das privatizações, desde que com determinados critérios. O Brasil já tem 250 terminais portuários privados autorizados. Agora, o governo vai manter o público para ficar com alguns casos considerados estratégicos.

Não há problema de privatizar, mas tem que ter agência que regule e fiscalize. França criticou ainda a situação estrutural do Porto de Santos na atualidade e fez uma analogia à venda de carros usados para se referir ao que considera ter sido a política de gestão do porto durante o governo Bolsonaro. “Arrecadaram pela dragagem, acumularam recurso e não fizeram sequer o que tinha que ser feito. Tudo isso na lógica de que imagino sendo (privatizado), e, sendo privado, não tinha por que fazer ficar melhor", afirmou. "É como se tivesse um carro usado e deixasse ficar nas ultimas para vendê-lo. Evidentemente, ele custaria um pouco mais barato porque a aparência vai ser muito ruim", completou o ministro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.