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27/Mar/2023

Brasil quer se tornar 4º maior produtor de petróleo

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) considerou positiva a iniciativa do Ministério de Minas e Energia (MME) para fomentar o desenvolvimento da indústria de óleo e gás, a partir do programa Potencializa E&P, anunciado na sexta-feira (24/03). O objetivo do programa é atrair investimentos em exploração de petróleo e gás natural, diante das perspectivas de esgotamento das reservas do pré-sal no longo prazo. A meta de transformar o Brasil no quarto maior produtor de petróleo do mundo é desafiadora. Hoje, o País é o nono colocado, mas a indústria de petróleo brasileira já mostrou que tem capacidade técnica, tecnologia e recursos humanos para atender o crescimento da produção.

Atualmente, o Brasil produz cerca de 3 milhões de barris de petróleo por dia. A iniciativa do governo em apoiar o desenvolvimento das atividades de exploração e produção em campos maduros e em áreas com grande potencial, mas ainda não exploradas como Margem Equatorial, por exemplo, passa uma sinalização favorável aos agentes do mercado e investidores, e conta com total apoio do IBP. O alinhamento entre governo e setor produtivo fortalece o mercado brasileiro, pois gera previsibilidade, segurança jurídica e credibilidade para atração de novos investimentos.

A indústria de óleo e gás representa cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial e tem a estimativa de geração de mais de 445 mil postos de trabalho diretos ou indiretos ao ano na próxima década e cerca de US$ 180 bilhões em investimentos nesse mesmo período. O MME informou que o Potencialize E&P será avaliado na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), e pretende trabalhar os pontos críticos para desenvolvimento da exploração de áreas de fronteira e estimular investimentos em campos maduros ou de economicidade marginal.

As áreas ainda não contratadas do pré-sal apresentam alto risco geológico e pequeno potencial para novas descobertas de volumes expressivos de petróleo e gás natural, sendo necessário desenvolver novas fronteiras exploratórias como a margem equatorial brasileira, que se estende do litoral do Rio Grande do Norte ao Oiapoque (AP), no extremo norte do País. O último poço com licenciamento ambiental aprovado na margem equatorial foi em 2015, na bacia Potiguar.

Para o Ministério de Minas e Energia, não tem sentido a Guiana e o Suriname estarem atraindo investimentos e riqueza na região próxima à Margem Equatorial, com quase uma centena de poços perfurados, já tendo sido descoberto mais de 13 bilhões de barris de petróleo, enquanto o Brasil está parado. O governo Bolsonaro não só permitiu o desmatamento na região, como também impediu seu desenvolvimento econômico ao não conceder licenciamento ambiental de forma segura e responsável. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.