23/Mar/2023
De acordo com dados do levantamento do Índice de Frete Repom (IFR), o preço médio do frete por quilômetro aumentou 11% ante janeiro e fechou a R$ 7,88 em fevereiro. O aumento foi impulsionado pelo frete do agronegócio, que subiu 27% na comparação mensal, e pelo início da safra de soja, já que o custo do transporte da oleaginosa aumentou 10%. Na comparação com fevereiro do ano passado, a alta do preço médio do frete por quilômetro foi de 20%. A fatia que corresponde ao diesel na composição do frete em fevereiro foi de 37,63%.
Além disso, no dia 17 de fevereiro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a nova tabela do piso mínimo do frete, com redução de -5,72%, resultado da oscilação para menos no preço final do diesel S-10. Mesmo com a redução no valor do combustível e, como consequência, no piso mínimo da tabela do frete, além dos reflexos do segmento agro e da soja, outro item que vem ganhando relevância na composição do preço do frete por quilômetro rodado e se mantém em alta, que é o impacto dos juros. Um contexto de altas taxas dificulta o acesso dos caminhoneiros ao crédito para capital de giro e para o financiamento de equipamentos.
Além disso, o aumento pelo embarcador no prazo de pagamento do frete sobrecarrega ainda mais o bolso dos profissionais da estrada e diminui seu poder de compra. O IFR é um índice do preço médio do frete levantado com base nos 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Repom, marca da Edenred Brasil de soluções de gestão e pagamento de despesas para o mercado de transporte rodoviário de carga. A empresa atende a mais de 1 milhão de caminhoneiros em todo o Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.