14/Mar/2023
Segundo o Sindicato Nacional das Indústria de Matérias-Primas para Fertilizantes (Sinprifert), a indústria de fertilizantes deve injetar R$ 21 bilhões no Brasil nos próximos quatro anos para construção de fábricas, reativação de plantas, aumento da capacidade produtiva e expansão de investimentos em várias regiões do País. Com isso, o setor pretende ampliar a produção nacional de matérias-primas e reduzir a atual dependência externa. O cenário econômico internacional, com ênfase na guerra entre Rússia e Ucrânia, evidenciou a fragilidade e imprevisibilidade do abastecimento interno de fertilizantes.
Em 2021, 90% dos fertilizantes usados no Brasil foram importados. Rússia e Belarus são dois dos principais fornecedores de fertilizantes do País. A crise no Leste Europeu acendeu, portanto, um "alerta vermelho" para o segmento. O Brasil tem plenas condições para viabilizar uma produção nacional forte e estruturada. Com este cenário favorável, as empresas estão investindo e apostando na reindustrialização. A industrialização no País também é apoiada pelo Plano Nacional de Fertilizantes, lançado em 2022.
O projeto visa reduzir a subordinação do agro nacional ao fornecimento externo de insumos com foco em mineração, química, infraestrutura, agricultura, inovação e sustentabilidade ambiental. O objetivo do programa é diminuir a dependência externa para 50% até 2050. O cenário é plausível, desde que a estabilidade institucional se mantenha e o Brasil continue com uma visão de longo prazo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.