02/Mar/2023

Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), o déficit de armazenagem em Mato Grosso preocupa produtores de grãos em um ano com expectativa de produção de mais de 80 milhões de toneladas de soja e milho 2ª safra 2023. O setor vai defender junto ao governo maior volume de recursos e taxas de juros atrativas para investimento na construção de silos. A capacidade estática no Estado corresponde a cerca de metade da produção. Essa é uma das questões que será trabalhada com o governo, ressaltando a necessidade de dar condições para o produtor investir e poder guardar a produção para vender após o pico da colheita, evitando filas de caminhões e elevação do frete.

A questão do armazenamento não é só de Mato Grosso, pois há outros Estados que estão com essa demanda. Mas, em Mato Grosso, a questão é relevante, pois é um Estado distante dos centros de consumo e dos portos para exportação. Se houvesse condição de estocar, seria possível negociar melhor o custo operacional do frete. O setor produtivo de Mato Grosso prepara pautas para levar ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. O pleito está sendo elaborado no âmbito do Fórum Agro MT, que reúne associações que representam o setor produtivo no Estado e a Famato.

O conteúdo deve ser anunciado em breve, mas a garantia de recursos subsidiados para custeio e investimento e a segurança jurídica estão entre os pedidos que serão encaminhados ao ministro da Agricultura, Calos Fávaro. Depois de uma pequena redução na adubação em 2022/2023 devido ao custo elevado, o produtor terá de voltar a investir mais em fertilizantes em 2023/2024. Os preços do fertilizante estão mais ajustados, mas continuam altos. O cenário ainda é de margens apertadas. Os preços de mercado também caíram. A soja no mercado internacional teve uma queda expressiva, de 10% a 15%, e esse é o motivo da retração de vendas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.