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15/Fev/2023

Armazenagem: déficit recorde na safra 2022/2023

O Brasil enfrentará um déficit de armazenagem de 117 milhões de toneladas de grãos na safra 2022/2023, considerando a previsão de safra de 311 milhões de toneladas e a capacidade estática de armazenagem de 194 milhões de toneladas, segundo estimativas da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos (CSEAG) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A capacidade de armazenagem cresce metade do tamanho da produção por ano. O déficit de armazenagem passará de 83 milhões de toneladas na safra 2021/2022 para 117 milhões de toneladas na safra 2022/2023.

Há um crescimento médio de 4,8 milhões de toneladas por ano na capacidade de armazenagem. Outro gargalo apontado é a distribuição da armazenagem concentrada nos centros urbanos e regionalmente desproporcional à produção de grãos. O Sudeste tem superávit de 1,8 milhão de toneladas de capacidade de armazenagem, enquanto o Centro-Oeste tem um déficit de 49 milhões de toneladas. 85% da capacidade de armazenagem está nas cidades e não no campo, onde deveria estar. Os recursos para financiamento de armazéns são insuficientes para a demanda do setor.

Hoje, os R$ 5 bilhões do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) não serão aplicados na totalidade se os juros continuarem assim. Também há concentração de recursos do PCA em pequena quantidade de obras e perfil de tomador de crédito em grades projetos e não em produtores menores, que são os necessitam de recursos subsidiados. São necessários R$ 15 bilhões por ano em investimento para armazéns para não aumentar o déficit de armazenagem, segundo a Câmara. Desde a criação do PCA houve crescimento apenas de 1% da capacidade estática de armazenagem dentro das fazendas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.