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13/Fev/2023

Tecnologia: Solinftec planeja crescimento em 2023

A Solinftec, startup brasileira de monitoramento, automação e gerenciamento de lavouras por meio de inteligência artificial e robótica, alcançou receita recorrente de R$ 275 milhões no ano passado. Para este ano, a empresa prevê crescer 25% e chegar aos R$ 345 milhões em faturamento recorrente. A receita recorrente aumentou quase 50% em 2022, e foram adicionados R$ 90 milhões em receita. Para 2023, a estratégia é continuar crescendo e acelerar em inteligência artificial, mantendo o modelo de negócio de aluguel de tecnologia. Neste ano, a ideia é adicionar R$ 70 milhões em receita recorrente. A agtech atua no Brasil, na América Latina e na América do Norte. A meta para 2023 é ainda alcançar até dezembro o equilíbrio entre as receitas e as despesas, chamado de break even.

O crescimento médio da empresa desde 2016 foi de 50% ao ano. A companhia concluiu o ano com 12 milhões de hectares cobertos em todo o mundo, sendo cerca de 4 milhões de hectares de lavouras de soja, milho e algodão. Em 2022, a empresa cresceu 1 milhão de hectares no monitoramento da área de grãos. Além de grãos e fibras, foi ampliada a atuação em cultivos perenes. Praticamente 5 milhões de hectares, dos 12 milhões de hectares, são monitorados em redes próprias Solinftec, em áreas onde não há rede 4G. Em área monitorada no Brasil, a Solinftec espera incorporar mais 700 a 800 mil hectares de lavouras monitoradas. O objetivo é buscar 13 milhões de hectares e implantar mais tecnologia em áreas já monitoradas. No País, em 2022, a empresa focou em expandir as tecnologias ofertadas para as culturas em que atua, como cana-de-açúcar, citrus e grãos e ampliar a capilaridade no País.

Em 2023, a estratégia é continuar o plano de expansão em grãos, manter a consolidação em citricultura, em que de cada oito copos de laranja consumidos no mundo três passam pela Solinftec, consolidar a presença em café no Cerrado Mineiro (MG) e expandir com produtores médios de hortifrúti, que é um mercado com alta taxa de crescimento. Por regiões, o plano da Solinftec para 2023 é consolidar a capilaridade alcançada em 2022. A Solinftec passou a operar em oito novas regiões produtivas no Brasil no ano passado. São elas: Piauí, Tocantins, Pará, norte de Goiás, oeste de Mato Grosso, Rondônia, Maranhão e Minas Gerais. Consolidou a presença em Mato Grosso, Rio Grande do Sul e na região agrícola mais irrigada. Em 2022, também entrou no mercado de hortifrúti pela região de São Gotardo, em Minas Gerais.

Em cana-de-açúcar, segmento em que detém 91% de participação de mercado, o alvo será a ampliação da cobertura da cultura na Região Nordeste. Na seara de tecnologia, a Solinftec buscou adaptar suas soluções para pequenos e médios produtores ao longo do ano passado. Em cana-de-açúcar, a empresa lançou mapas de produtividade de lavouras e entrou na área de dados de benchmarking das usinas, com informações comparativas sobre colheita. No segmento de grãos e algodão, a empresa testa soluções voltadas à rastreabilidade e certificação dos cultivos. A estratégia internacional da empresa é ampliar a atuação nos Estados Unidos. A expectativa é incorporar entre 8 mil e 12 mil hectares de área coberta no país, dos atuais 58,3 mil hectares monitorados. O incremento de área deve vir especialmente da aplicação da plataforma robótica da empresa.

Nos Estados Unidos, o crescimento será menor que no Brasil porque a empresa está focada em desenvolvimento de tecnologias para o mercado. O aumento vai depender de como será a aplicação da plataforma de robótica no país. Na América Latina, a agtech opera em países como Argentina, Colômbia, Equador, Peru, Nicarágua. Os planos de entrada na Europa e no Leste Europeu, previstos, respectivamente, para 2022 e 2023, foram postergados, em virtude das incertezas do cenário macroeconômico. Já houve visitas na Holanda e Espanha, e há quatro anos a empresa estuda Rússia e Ucrânia, mas devido ao cenário macroeconômico e ao conflito no Leste Europeu, este não é o momento para fazer um elevado investimento. No momento, a empresa vai focar no Brasil e na América do Norte, mas estuda constantemente novas regiões para a operação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.