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30/Jan/2023

Bioinsumos: Symbiomics faz captação para investir

A agtech Symbiomics, de insumos biológicos, captou R$ 10 milhões em sua primeira rodada de investimento. A startup, que atua ainda em estágio inicial, utilizará o aporte para estruturar um laboratório próprio e investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D) nas tecnologias de produtos biológicos. O investimento foi liderado pelos fundos de venture capital a MOV, gestora de fundos de impacto socioambiental, Baraúna Venture Capital, gestora com expertise em agronegócio, e Vesper Ventures, gestora que apoia projetos de biotecnologia. Com o recurso, a biotech espera também ampliar sua coleção de microrganismos de cerca de 5 mil para 10 mil. Parte significativa do aporte vai para aumentar a coleção. A expansão é focada na infraestrutura para P&D e em prospectar microrganismos em ambientes naturais, como Amazônia, Cerrado e Pantanal. A expectativa da empresa é que o laboratório próprio, em construção em Florianópolis (SC), opere a partir de março deste ano. Parte dos recursos será destinada ainda à infraestrutura do laboratório, desde equipamentos à estrutura de biotecnologia molecular.

A Symbiomics desenvolve o que chama de biológicos da “nova geração”, são aqueles que agregam maior microbiotecnologia que os convencionais. Os microrganismos aplicados nas tecnologias desenvolvidas pela empresa são identificados nos biomas e aprimorados por meio de sequenciamento genético, machine learning e edição genômica. A agtech atuará com bioinsumos próprios no médio e no longo prazo e com o licenciamento das tecnologias para outras empresas no curto e no médio prazo. O modelo de negócios é diferenciado porque conseguiremos prover tecnologia para diferentes players, de empresas de sementes a de fertilizantes que queiram agregar a tecnologia em seus produtos. As tecnologias que estão sendo desenvolvidas pela biotech podem ser aplicadas em todas as culturas agrícolas, mas serão registradas para uso em lavouras de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar. O intuito é prover tecnologias para grandes empresas do agro, especialmente para que as já atuam com bioinsumos.

A proposta de plataforma tem atraído também empresas de químicos que buscam criar portfólio de biodefensivos. Atualmente, quatro “famílias” de tecnologias estão em desenvolvimento com foco no licenciamento. São elas: biofertilizantes sobretudo de fósforo e nitrogênio, bioestimulantes com foco em aumentar a tolerância das plantas à seca, biocontrole especialmente em biofungicidas para combate de pragas e bioinsumos para captura e/ou redução da emissão de carbono. Os estágios de desenvolvimento variam de tecnologias sendo testadas na casa de vegetação e outras ainda em estudo em laboratório. Apesar de ainda não comercializar seus produtos, a biotech já tem contratos de licenciamento de tecnologia para outras empresas de biológicos, cujos nomes prefere não revelar no momento. A expectativa é lançar o primeiro produto nos próximos dois a três anos. Já há acordos para comercializar as tecnologias nos Estados Unidos, e em países da América Latina e da Europa no modelo de licenciamento para as empresas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.