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25/Jan/2023

Defensivos biológicos: Koppert faz captação via FIDC

A subsidiária brasileira da holandesa Koppert, de biodefensivos, iniciou a operação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), previsto em R$ 200 milhões. Do montante, a empresa já captou R$ 100 milhões e prevê captar a outra metade ainda neste primeiro trimestre. Os recursos serão utilizados para capital de giro para sustentar o longo prazo para pagamento concedido aos produtores rurais, em média de 180 a 210 dias, até o fim de cada safra. Nesse período, a empresa precisa de recursos para produção e entrega dos insumos, o que a antecipação dos recebíveis pelo FIDC permite. O fundo é coordenado pelo Rabobank, que também é cotista sênior da operação, e tem como gestora a Makalu Partners.

Ele foi estruturado no modelo off balance, ou seja, é fora do balanço e, portanto, não interfere na alavancagem (relação entre Ebitda e dívida líquida) e demais indicadores financeiros da empresa. Dessa forma, a cessão de recebíveis é irreversível, sendo de direito do fundo, que assume a maior parte do risco. Foi uma decisão global da Koppert a fim de não pressionar os indicadores de dívida e manter o nível de alavancagem. A receptividade dos investidores ao fundo tem sido positiva. A operação de financiamento gera liquidez, diminui a necessidade de alocação de capital e, por não ser caracterizada como dívida, não entra no balanço e, portanto, não aumenta a alavancagem da empresa. A operação vai contribuir com o crescimento da Koppert no mercado nacional de defensivos biológicos.

A ideia é contribuir com o desenvolvimento de um setor que oferece soluções sustentáveis para o agronegócio. A operação, que objetiva incrementar o capital de giro da empresa, possibilitará a liberação de caixa para investimentos para expansão. A expectativa é investir R$ 700 milhões nos próximos três anos no Brasil. O FIDC libera caixa para compor parte desses aportes em ampliação da capacidade produtiva. Não há previsão de estruturação de novo fundo pelo "espaço" ainda existente de R$ 100 milhões no veículo atual. A companhia é líder de mercado no Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.