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19/Jan/2023

Ministério dos Transportes é favorável à Ferrogrão

O ministro dos Transportes, Renan Filho, reforçou nesta quarta-feira (18/01), que irá trabalhar para destravar o projeto da Ferrogrão e afirmou que buscará a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para ouvi-la sobre o empreendimento. Planejado para ter 933 quilômetros de trilhos, ligando Sinop (MT) a Miritituba (PA), o projeto da ferrovia está parado por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). A obra é estruturada para ser o principal centro de escoamento de grãos de MT, papel que hoje é exercido pela BR-163, mas enfrenta percalços há décadas em razão, em parte, dos impactos ambientais que podem ser gerados pela construção. Para o ministro, a obra pode ser ambientalmente mais sustentável do que manter o modal rodoviário como principal centro de escoamento da safra na região.

Na visão técnica do Ministério dos Transportes, a obra é viável, inclusive com 100% de investimentos privados. A conversa com a ministra do Meio Ambiente sobre o projeto foi uma recomendação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com a imagem do projeto desgastada, em razão das resistências ambientais, o ministro disse não gostar do nome "Ferrogrão" para a ferrovia, pois fica parecendo que é algo que vai contra o meio ambiente. Questionado sobre a relação que construirá com a área ambiental do governo, diante do histórico atrito entre o setor de infraestrutura e o MMA, Renan Filho respondeu que não irá defender medidas que causem um dano irreversível ao meio ambiente, mas que trabalhará para defender avanços dentro das condições ambientais possíveis.

Ele reconheceu que poderão existir conflitos, mas afirmou que o diálogo será o caminho para o Brasil. "Muitas pessoas do agro têm me dito que não têm interesse em desmatar. A ideia do ministro Rui Costa é fazer o que for possível, ninguém vai defender construir uma obra que destrua o meio ambiente, porque isso é ruim para o agro, tem que ir para fronteira da possibilidade. A estratégia do governo anterior, de 'vamos passar boiada', travou. Essa agenda não é boa para o País, agenda boa é fazer o que dá para ser feito dentro das condições de sustentabilidade ambiental consideradas, estabelecidas internacionalmente", disse Renan Filho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.