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15/Dez/2022

Rações: setor leva mais tecnologia para as fazendas

Trabalhar em conjunto para levar mais tecnologia às fazendas brasileiras que atuam na produção de proteína de origem animal e lutar por mudanças tributárias que impulsionam os resultados do campo e a oferta aos consumidores do País e do exterior. Estes foram os compromissos reafirmados pela *Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram) durante a divulgação do balanço de 2022 do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações). O Sindirações estima uma produção de aproximadamente 82 milhões de toneladas de rações no ano. Os segmentos com perspectiva de melhor desempenho do setor são os suínos, com 4%; gado de corte, com 3% e cães e gatos, com mais de 6%. O ambiente inflacionário que afligiu toda cadeia produtiva global de proteína animal comprometeu os resultados dos produtores brasileiros de carnes, ovos e leite, sejam eles verticalizados ou independentes, impactando os índices do setor.

Ainda assim, é louvável o desempenho do setor diante da escassez de insumos e da inflação cambial, que permanecem turbinando os custos de produção e os preços de produtos e serviços que corroem o poder de compra dos consumidores. A Asbram e o Sindirações trabalham em prol do mercado e na busca da ampliação da adoção de tecnologia pelo produtor. Um dos trabalhos mais importantes é buscar desonerar as rações e os suplementos destinados a nutrição de bovinos da cobrança do PIS/Cofins (impostos cobrados das empresas para manter pagamentos de seguro-desemprego, abono salarial e de gastos ligados à Previdência Social). Tornando, assim, a tecnologia ainda mais acessível para os criadores da pecuária brasileira. A Associação reúne 62% das empresas do setor e prevê encerrar 2022 com uma comercialização de até 2,54 milhões de toneladas. O Sindirações atua como interlocutor da indústria de alimentação animal, para promover um ambiente competitivo adequado para a produção do alimento animal seguro. É o representante da indústria brasileira de rações, concentrados, núcleos, premixes e suplementos/sal mineral junto aos principais organismos nacionais e internacionais.

A entidade reúne 140 associados, que representam 90% do mercado de produtos destinados à alimentação animal, incluindo as empresas que importam e comercializam insumos, e aquelas que utilizam para consumo próprio. O setor vem atuando com muita energia nestes dois anos marcados por enormes dificuldades em saúde, economia e geopolítica. E o resultado em 2022 vai reconhecer esse esforço. Em 2023, será um novo período, com riscos tanto no panorama internacional como nacional. O agronegócio precisa se posicionar com firmeza na defesa de conceitos que são inegociáveis, como estabilidade política, segurança jurídica, ambiente de negócios, necessidade urgente de reformas como a Administrativa e a Tributária. Mas, é importante destacar um fato inquestionável. O agronegócio do Brasil é forte, base da economia brasileira, competente e importante para a segurança alimentar nacional e mundial.

Segundo a Asbram, todo ano, por mais difícil e desafiador que seja, deixa lições. Os anos de 2023 e 2024 serão um período muito rico para a pecuária do Brasil. Todos já sabem sobre a importância dos resultados advindos com a utilização de novas tecnologias. O agronegócio está engajado numa ação sem volta, que é diminuir a emissão de gases poluentes, usar soluções que ajudam nesse sentido, pensar em sustentabilidade, aproveitar boas práticas para conseguir entrar no mercado de créditos de carbono. A imagem ambiental do País será revigorada com o novo panorama administrativo da nação. Independentemente de nomes e partidos. O importante é que a fazenda, o produtor, a indústria, a cadeia produtiva inteira, de Corte e Leite, nas diversas criações, façam o seu trabalho: produzir alimentos de qualidade, cuidar do planeta, ser sustentável com o solo, o ar, o bolso, os colaboradores, os seres humanos, a sociedade toda. Fonte: Suinocultura Industrial. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.