14/Dez/2022

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) é possível uma reavaliação do Regime Especial da Indústria Química (Reiq) pela futura gestão Lula em 2023. O Reiq foi extinto no governo Bolsonaro e restaurado posteriormente, com vetos que impactaram o setor. As pessoas estão se dando conta da importância do setor químico brasileiro e que o mundo pós-pandemia, e impactado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, procura cada vez mais soluções locais e segurança na cadeia de suprimento dos bens estratégicos. A química é um bem estratégico.

A entidade está otimista com a próxima gestão Lula para o setor químico. A chegada do novo governo representará uma oportunidade para construir uma política capaz de alavancar a industrialização no País, unindo o poder público e a iniciativa privada. As expectativas são positivas. O Ministério da Indústria deve ser recriado e, com isso, um canal de diálogo que estimule o setor químico, que é um dos setores, senão o setor, que mais impulsiona a economia em qualquer país do mundo. Seja como consumidor de matérias-primas, máquinas e equipamentos ou como gerador de produtos. O déficit da balança comercial na indústria química está em R$ 65 bilhões.

O desempenho negativo pode ser revertido rapidamente com a viabilização da questão do gás natural no Brasil. Atualmente, o gás extraído do pré-sal é reinjetado, por falta de infraestrutura para que ele seja usado na indústria química como matéria-prima para a produção de medicamentos e fertilizantes. Um ponto central para viabilizar o aproveitamento dessa oportunidade de reverter o déficit na balança comercial é resolver o tema do gás natural no Brasil. Rapidamente, seria possível mobilizar investimentos locais se houver uma oferta segura, com preços competitivos. Fonte: Broadcast Agro.