10/Nov/2022
O Rabobank estima que as entregas de fertilizantes ao consumidor final devem recuar entre 6% e 9% neste ano em relação ao ano passado. Para o período atual, ainda é possível observar uma redução tão grande quanto a observada em 2008. Contudo, ainda há uma incerteza com relação ao número final devido às entregas finais para o plantio da soja e aumento na demanda para o milho 2ª safra de 2023. No caso de outras culturas como o café, análises apontam para uma boa entrega de fertilizantes bem em cima do período de aplicação. Em 2021, a entrega final de fertilizantes no mercado brasileiro foi recorde, de 45,855 milhões de toneladas.
O movimento de redução parcial da demanda deve ocorrer, além do Brasil, em outros lugares do mundo. Contudo, no País, espera-se o mesmo movimento em menor proporção. Toda essa movimentação atual de preços e demanda tem um paralelo bastante interessante no Brasil com o triênio 2007-2008-2009. Em 2007, houve uma entrega, até então, recorde de fertilizantes para o consumidor final e com a forte alta dos preços dos fertilizantes em 2008, observou-se as entregas caindo de 24,6 milhões de toneladas em 2007 para 22,4 milhões de toneladas em 2008, uma retração de 9%, e permanecendo neste nível em 2009.
As entregas ao consumidor final de fertilizantes são um ponto de atenção neste último trimestre, pois será determinante para o consumo anual do País. O volume entregue nesses últimos meses do ano será peça-chave para sabermos o tamanho da redução nas entregas. Este ano foi desafiador em virtude, principalmente, da preocupação com a falta de disponibilidade de adubos e aumento expressivo dos custos, com alguns macronutrientes atingindo recordes históricos com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Houve elevação nos preços e risco de disponibilidade. Porém, 2023 se aproxima com preços dos fertilizantes em queda e perspectiva de boas margens, apesar dos custos mais altos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.