08/Nov/2022
Segundo levantamento da Mosaic Fertilizantes, o poder de compra do produtor rural brasileiro em relação a fertilizantes aumentou em outubro na comparação com setembro, refletindo o recuo de 14%, em média, do preço dos adubos no mês. A companhia calcula a relação entre fertilizantes e commodities agrícolas por meio do Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), que considera os preços dos adubos e das commodities em dólar. Em outubro, o IPCF ficou em 1,21, ante 1,40 de setembro, números que mostram que os adubos estão mais acessíveis para os produtores. O valor de outubro foi o menor para o ano, tornando os adubos mais atrativos para os produtores rurais.
No melhor patamar do ano, o resultado favorece ainda mais a relação de troca nesse momento de final de safra de verão e preparativos para a safrinha, principalmente para o produtor rural que investe em adubos de qualidade para obter incrementos de produtividade e rentabilidade. Na comparação anual, o IPCF também recuou ante o 1,50 reportado em outubro de 2021. Além da queda do preço dos fertilizantes, o valor médio das commodities subiu cerca de 2% em relação a setembro. A recuperação foi liderada pela cana-de-açúcar, que teve uma valorização de 6% em relação ao mês anterior. A média mensal também considerou a queda de 1% da soja, com a previsão de alta disponibilidade do grão com a expectativa de colheita recorde no Brasil, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com a Mosaic, no período avaliado, o dólar subiu 0,3% ante o Real, impulsionado pelo receio de uma recessão global e pela disputa eleitoral no Brasil. O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes (fosfato monoamônico, superfosfato simples, ureia e cloreto de potássio) e de commodities agrícolas. O cálculo do IPCF considera as principais culturas brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão. O índice também é ponderado pela variação do câmbio no período analisado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.