08/Nov/2022

Após a crise na cadeia de insumos agrícolas, afetada pelos impactos da pandemia de Covid-19 e pela guerra entre Rússia e Ucrânia, a Syngenta, uma das líderes globais de agroquímicos e de sementes, precisou reajustar toda sua cadeia global de suprimentos em meio à crise energética e logística decorrente da pandemia e do conflito geopolítico. Foi preciso revisar toda cadeia de suprimento global, o que levou à necessidade de construir parcerias de longo prazo, seja na Europa, na China, tanto na cadeia logística quando de suprimento. Foram feitos ajustes principalmente na parte logística com relacionamento de longo prazo com fornecedores e parcerias estratégicas que permitem responder melhor a estes eventos.

O fato de ser controlado pela Chemchina e estar na China gera, de certa forma, um relacionamento mais direto com fornecedores, já que a maior parte da matéria-prima utilizada na produção de defensivos químicos advém do país asiático, mas também gera outros problemas de cadeia. Já havia diversificação de fontes de produção antes de ter um controlador chinês. O mapa de produção já era bastante diversificado, porque muitas especialidades e inovação vem de outras partes do planeta. A diversificação que a empresa já tinha ajudou a balancear os problemas de suprimento. A companhia tem buscado também diversificação de fornecedores dentro das próprias províncias chinesas. A crise energética foi um fator comum e protagonista tanto na crise geopolítica quanto na crise sanitária.

Na pandemia, a mudança energética na China gerou impacto direto na produção de agroquímicos. Agora na Europa, com o gás natural no centro da questão geopolítica, a crise energética afeta produção de agroquímicos no bloco. A Syngenta vem trabalhando para reduzir a dependência externa na cadeia de insumos para a produção de seus agroquímicos, bioinsumos e sementes no Brasil. A empresa faz isso trazendo investimentos para pesquisa e desenvolvimento, com parcerias da multinacional com empresas locais e com apetite para fazer investimentos nas plantas. A empresa anunciou nesta segunda-feira (07/11) uma parceria estratégica entre a Syngenta e uma empresa local para incorporar tecnologias. O setor necessita de um marco econômico e regulatório para garantir investimentos no futuro. A Syngenta continuará investindo em pesquisa, inovação e logística no Brasil se o País tiver um marco econômico e regulatório. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.