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07/Nov/2022

Ferrovias: Rumo aprova 1ª fase de extensão em MT

O conselho de administração da Rumo aprovou o início da execução da primeira fase do projeto de extensão em Mato Grosso. A etapa inicial refere-se ao trecho de aproximadamente 211 Km entre as cidades de Rondonópolis e Campo Verde. As projeções exclusivas para a Fase Rondonópolis-Campo Verde incluem um capex construtivo entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões no período entre 2023 e 2025. Já a capacidade instalada do Terminal de Campo Verde deve variar entre 10 milhões e 30 milhões de TU/ano. A expectativa é que o processo de construção dure três anos, com início da operação prevista para o primeiro trimestre de 2023.

O financiamento da Fase Rondonópolis-Campo Verde será por meio da posição de caixa da companhia, do fluxo de caixa das operações correntes e será complementada com linhas de financiamento de longo prazo. O modelo de construção do primeiro terminal do projeto de expansão da malha da companhia em Mato Grosso será feito por meio de parceria com um cliente que gera carga. No modelo de parceria, o cliente constrói o terminal para operar sua carga e opera com bandeira branca. A tarifa de transbordo na bandeira branca vai ser cobrada de terceiros que venham a usar o terminal. O primeiro módulo começa com 10 milhões de toneladas e pode ser expandido pelo cliente e pela Rumo.

O cliente é um gerador de carga, ancora a demanda no terminal tanto no curto quanto no longo prazo, à medida que faz a expansão. Mas, o acordo permite a operação de outros players. O capex da companhia excluindo o projeto Rio Verde é de R$ 2,8 bilhões, abaixo do guidance de longo prazo. A empresa vem revisando o escopo do plano de investimentos e fazendo boas escolhas. Neste contexto, a meta é manter a alavancagem entre 2 vezes e 2,5 vezes, patamar que será mantido durante o projeto. A companhia não tem planos para acessar equity e o caixa será reforçado com a entrada de recursos com a venda dos terminais no Porto de Santos (SP). O projeto de expansão da malha no Mato Grosso é "quase privado".

Num contrato de autorização, o nível de flexibilidade é enorme. O modelo do contrato com o governo de Mato Grosso é quase de um projeto privado em relação aos anteriores, pois há flexibilidade de rediscutir premissas e sempre tem a alternativa de não fazer o projeto. Mas, a expectativa vai na direção contrária, uma vez estando em Campo Verde, serão discutidos os próximos passos e ampliações. O mercado vai estar num estágio diferente e a Rumo nunca esteve tão confiante e confortável em função do timing e do mercado. O contrato com o governo do Mato Grosso é de 45 anos, com opção de renovação. Nesse momento, foi feito cálculo de retorno para o primeiro período. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.