03/Nov/2022
Segundo o Rabobank, o produtor agrícola que cultiva milho na esteira da colheita de soja, o que ocorrerá no começo do ano que vem, poderá ser beneficiado nestes próximos meses pela tendência de queda de preços de alguns insumos importantes para essa cultura, como a ureia. A ureia é um fertilizante nitrogenado importante para o cereal, e houve reversão da tendência de alta que era observada há um mês. A queda de preços do gás natural na Europa deve aumentar a produção de nitrogenados. O gás natural é matéria-prima para a produção do adubo.
Observa-se queda nos custos do gás natural e uma possível retomada na produção dos adubos nitrogenados na Europa, o que tem deixado o mercado um pouco menos volátil em relação a novas demandas. O fator, aliado à queda de demanda por adubos no País, pressiona a ureia. O nutriente sai por cerca de US$ 625,00 por tonelada no porto no Brasil. O produto chegou a valer US$ 995,00 por tonelada em abril, após o início da guerra na Ucrânia. Países do Leste Europeu são importantes origens desses produtos, lembrando que o Brasil importa cerca de 85% dos adubos que consome.
A tendência também é de baixa para o potássio e os fosfatados. O potássio caiu pela metade desde o pico de preços alcançado em abril e custa cerca de US$ 650,00 por tonelada. Os fosfatados estão cotados a US$ 625,00 por tonelada. O MAP, um dos mais usados, alcançou US$ 1.300,00 por tonelada em abril. Os fertilizantes estão em alta de preços desde 2021 por desequilíbrio entre oferta e demanda global, com influência de fatores geopolíticos que envolvem as regiões fornecedoras. Entre elas, China, Rússia e Belarus. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.