13/Out/2022
Na contramão da Petrobras, a Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen e única de grande porte privatizada no Brasil, elevou o preço do diesel e da gasolina diante da alta do petróleo no mercado internacional nos últimos dias, como reflexo do corte da produção anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na semana passada. O preço do diesel foi reajustado entre 10,7% e 11,5%, enquanto o da gasolina subiu de 9,3% a 15,7%, dependendo do mercado atendido pela companhia.
A direção da Petrobras tem sido pressionada pelo governo federal a manter seus preços congelados até o fim do segundo turno das eleições presidenciais, o que poderia beneficiar o presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição. Mas, o aumento da cotação externa do petróleo e a decisão da Acelen (empresa do fundo de investimento árabe Mubadala) têm levado o setor a questionar o comportamento atual da estatal. Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) mostram que tanto o diesel quanto a gasolina já estão com preços defasados em relação aos praticados no exterior.
A diferença soma 13%, no caso do diesel, e 11% no da gasolina. Com a valorização do insumo, para se equiparar aos preços do mercado externo a Petrobras teria de aumentar o preço do diesel em R$ 0,75 por litro e a gasolina teria de ser reajustada em R$ 0,36 por litro. Tanto a Abicom quanto o CBIE apontam no momento a existência de uma defasagem perante o preço da gasolina transacionada no País diante dos preços do Golfo do México. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.