07/Out/2022
A primeira reexportação de fertilizantes pelo Porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, litoral do Paraná, foi realizada no mês passado. Ao todo, foram reexportadas 17 mil toneladas do produto, em 22 de setembro, com destino aos Estados Unidos. A carga, que estava armazenada em recinto alfandegado no terminal, desde o dia 23 de julho, veio do Egito. Em virtude do grande volume do produto que foi importado para garantir a safra, bem como a queda registrada nas últimas semanas nos preços dos fertilizantes, principalmente fósforo e potássio, a reexportação foi uma boa estratégia para o setor.
O Porto tem um entreposto aduaneiro, possibilitando a suspensão do pagamento de tributos, sob controle fiscal. A carga chegou ao terminal paranaense há cerca de dois meses e fica na área de armazenagem, mas permanece em propriedade do exportador, sem que tenha sido importada e nacionalizada. Ou seja, é como se a carga não tivesse entrado em solo brasileiro. O recinto alfandegado é considerado uma zona neutra, comum em portos para efeito de comércio exterior. Isso aumenta a flexibilidade na comercialização, incluindo esta modalidade de reexportação, sem a incidência de tributos nacionais.
O diferencial de Antonina é a capacidade estática para armazenar 320 mil toneladas, com estrutura operacional para a reexportação. Nos próximos dias já estão programadas a exportação 24 mil toneladas para a Turquia. A operação é inédita no Porto Ponta do Félix. A modalidade também reduz custos nas movimentações em território nacional. O produto pode ficar nos armazéns do Porto Ponta do Félix ou pode ser nacionalizado para um outro Estado do País, evitando assim a bitributação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.