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06/Out/2022

Combustíveis: reajuste deve ocorrer após 2º turno

Membros da diretoria da Petrobras receberam uma sinalização do governo Bolsonaro para que não haja reajuste no preço dos combustíveis até a realização do 2º turno das eleições, em 30 de outubro. A pressão sobre a petroleira foi ampliada devido à nova alta no preço internacional dos combustíveis, causada pela perspectiva de aumento de preços que deve ocorrer devido a novos cortes de produção internacional de petróleo anunciados nesta quarta-feira (05/10), pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+). Serão 2 milhões de barris por dia (bpd) a menos a partir de novembro. Esse é o maior corte desde abril de 2020, quando a pandemia de Covid-19 começou. Com os novos aumentos internacionais, seria natural que a Petrobras repassasse esses reajustes para o combustível nacional, já que a petroleira segue a política de paridade internacional de preços.

O corte no preço dos combustíveis realizado nos últimos meses, porém, tornaram-se bandeira política nas mãos de Bolsonaro, que não está disposto a abrir mão deste ativo às vésperas do segundo turno. Em parte, a redução dos preços se deve ao corte de impostos dos Estados, já que o governo federal já tinha zerados suas alíquotas. A razão principal, no entanto, que puxou os preços para baixo foi a queda no preço internacional do barril no petróleo, que oscilava até dias atrás em cerca de US$ 87,00 por barril. Nesta semana, porém, o preço já chegou a superar US$ 90,00 por barril e, agora, especialistas no setor veem risco de que, nos próximos dias, o preço suba para a casa dos US$ 100,00 por barril, valor que, inevitavelmente, exigiria um reajuste da Petrobras no mercado nacional.

Caio Mário Paes de Andrade assumiu a presidência da Petrobras em junho, com a missão dada por Bolsonaro de segurar ao máximo possível qualquer reajuste no preço dos combustíveis. Desde então, e Petrobras anunciou uma série de reduções de preços de combustíveis em geral. Boa parte desse cenário se deve, porém, à queda do preço no mercado internacional. Com o barril na casa dos US$ 100,00 é inevitável o reajuste. Trata-se de uma decisão política, embora isso tenha um limite, pela pressão do mercado. Gestores anteriores a Caio Mário Paes de Andrade tiveram comportamentos distintos em relação ao momento de aumentar os preços, já que a Petrobras não tem uma norma interna que exige o aumento em determinado momento. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.