06/Out/2022
Segundo a StoneX, os preços de fertilizantes fosfatados e à base de potássio vêm recuando há mais de 20 semanas, após terem subido no primeiro trimestre. O MAP (fosfato monoamônico) e o KCl (cloreto de potássio) chegaram a subir 50% de janeiro a abril e a ureia, adubo nitrogenado, 30%. Desde então, contudo, os preços vêm recuando e já acumula baixam no ano. Os preços da ureia caíram 15% no período de janeiro a outubro, os do MAP recuaram 17% e o cloreto de potássio, 30%.
Uma das causas da alta no início do ano foi o fato de a China ter ficado praticamente fora do mercado de fosfatados de outubro de 2021 a meados do primeiro semestre, limitando exportações de fosfatados e nitrogenados com redução da produção em virtude de custos e para garantir fornecimento a produtores locais. Com o plantio na China, o país voltou a exportar fosfatados a partir de meados do primeiro semestre.
Deve haver maior oferta de produto fosfatado chinês, para o Brasil inclusive, nos próximos meses, mas ainda assim em nível inferior ao do ano passado. Belarus, grande produtor e exportador de potássio, deve conseguir exportar de 4 milhões a 5 milhões de toneladas do adubo neste ano, abaixo dos cerca de 12 milhões de toneladas do ano passado, com a utilização de portos alternativos. Desde o ano passado, o país vem sofrendo sanções dos Estados Unidos e da União Europeia, o que levou a Lituânia a fechar seus portos para Belarus, até então usados pelo país para escoar fertilizantes.
Sobre ureia, a escalada de preços do gás natural na Europa, refletindo a menor oferta russa, tem levado a uma redução da produção de adubos nitrogenados no continente. Cerca de 70% da capacidade de produção de amônia e 78% da de ureia está paralisada na Europa. O bloco deve seguir como um player concorrente na compra de nitrogenados, no momento em que o Brasil começa a comprar fertilizantes para a 2ª safra de 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.