09/Set/2022

Segundo levantamento da Mosaic Fertilizantes divulgado na quarta-feira (07/09), o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de agosto fechou em 1,50, recuo de 19% em relação ao IPCF de julho, de 1,85. A companhia calcula a relação entre fertilizantes e commodities agrícolas por meio do índice, que mensura os preços dos adubos e das commodities em dólar. Quanto menor o IPCF, maior é o poder de compra de fertilizantes. O resultado refletiu a redução dos preços dos adubos e o aumento dos preços das commodities agrícolas, com as incertezas sobre o clima para a safra dos Estados Unidos, favorecendo ainda mais a relação de troca para o produtor rural.

Os preços dos fertilizantes fosfatados e potássicos caíram em agosto, em comparação aos de julho, refletindo, principalmente, um reequilíbrio entre oferta e demanda desses insumos. Já os nitrogenados se valorizaram, com as incertezas sobre o abastecimento de gás natural na Europa. Com relação às commodities agrícolas, as cotações subiram quase 2% em agosto ante julho, reagindo especialmente aos recentes cortes nas estimativas de produção para o milho norte-americano feitas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A empresa também destacou o avanço de 2,5% dos preços da soja, reflexo da piora da qualidade das lavouras norte-americanas e incertezas climáticas no país, e pontuou que o câmbio é outro fator considerado na composição do IPCF.

O IPCF é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas. Uma relação menor que 1,0 indica que os fertilizantes estão mais acessíveis do que em igual período em 2017, e uma relação maior que 1,00 significa que os adubos estão menos acessíveis em comparação com igual período daquele ano. O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.